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Coluna Vitor Vogas

Os deputados e os partidos que mais se fortalecem na Assembleia

A partir do resultado das urnas neste domingo (2), saiba quem acumulou o maior capital político para chegar forte no plenário no próximo mandato, os partidos que crescem, os que diminuem e os deputados reeleitos com menos votos que em 2018

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Plenário da Assembleia Legislativa. Foto: Ales

Na eleição para a Assembleia Legislativa, 22 deputados estaduais pleitearam a reeleição. Desse grupo, 14 conseguiram renovar o mandato. Naturalmente, chegarão mais fortes para a próxima legislatura, que se iniciará em 1º de fevereiro do ano que vem, com a eleição da próxima Mesa Diretora. Dois deles, em especial, fortaleceram nas urnas o seu capital político para a próximo mandato (2023-2026).

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O primeiro é o Capitão Assumção (PL), que, beirando os 100 mil votos, alcançou um resultado histórico. Quase quadruplicou os 27.774 votos obtidos por ele em sua primeira eleição, em 2018. Com esse desempenho, o deputado bolsonarista foi o segundo candidato mais votado (só atrás de Sérgio Meneguelli, dono do novo recorde), e ainda ajudou o PL, partido do presidente da República, a “puxar” outros quatro deputados, formando a maior bancada da próxima legislatura.

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Mas o destaque maior aqui vai para o deputado Marcelo Santos (Podemos). Com exatos 41.627 votos, o experiente parlamentar foi eleito com a 5ª maior votação e, assim, mais que dobrou o resultado obtido por ele na eleição ada (19.595).

Além disso, Marcelo teve votos nos 78 municípios do Estado e foi o campeão em cinco deles (Anchieta, Brejetuba, Dores do Rio Preto, Ibatiba e Presidente Kennedy). Também foi o segundo mais votado em outros quatro (Guaçuí, Mantenópolis, Muniz Freire e Rio Novo do Sul).

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Emendando mandatos consecutivos desde 2002, Marcelo já era o decano da Assembleia (o deputado há mais tempo na Casa, ininterruptamente). Agora, reforça essa condição, indo para o sexto mandato seguido.

Com isso, o atual vice-presidente da Mesa sai das urnas até credenciado para candidatar-se, enfim, à presidência do Legislativo estadual, em janeiro do ano que vem, após ter batido na trave algumas vezes. Isso se não pleitear um assento de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado.

Nos dois casos, isso vai depender muito de eventual vitória do governador Renato Casagrande (PSB), de quem é aliado, sobre Manato (PL) no 2º turno estadual.

Reeleitos, mas com menos votos

Dos 14 reeleitos, quatro conseguiram “renovar o contrato com a população”, mas com votação menor que a obtida em 2018:

Delegado Danilo Bahiense (PL): de 36.064 votos para 24.970.

Ferraço (PP): de 30.576 votos para 20.888.

Hudson Leal (Republicanos): de 30.632 votos para 20.804.

Gandini (Cidadania): de 20.170 votos para 16.948.

Partidos que saem fortalecidos

Como já mencionado, o PL é o partido que sai das urnas mais fortalecido na próxima configuração do plenário, com três deputados a mais. Mas outros cinco também ganharam espaço: Podemos, Republicanos, União Brasil (mais dois para cada um), PT e Psol (mais um para cada um).

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Em contrapartida, outras seis agremiações terão bancadas menores do que na atual legislatura: PDT, PP, PSB e PSDB perderam dois deputados cada um; Patriota e PSC terão um a menos cada um.
Cidadania e PTB seguem com um deputado cada um.

Atualmente, 12 legendas estão representadas na Assembleia. A partir do ano que vem serão 14, com a chegada de dois deputados do União Brasil e de Camila Valadão, do Psol.

Confira abaixo os números completos:

Quem ganha espaço:

PL: + 3 (de 2 para 5)
Podemos: + 2 (de 1 para 3)
Republicanos: + 2 (de 2 para 4)
União Brasil: + 2 (de 0 para 2)
Psol: + 1 (de 0 para 1)
PT: + 1 (de 1 para 2)

Mesmo tamanho:

Cidadania: segue com 1
PTB: segue com 1

Quem perde espaço:

PDT: – 2 (de 4 para 2)
PP: – 2 (de 4 para 2)
PSB: – 2 (de 5 para 3)
PSDB: – 2 (de 4 para 2)
Patriota: – 1 (de 2 para 1)
PSC: – 1 (de 2 para 1)

Bancadas atuais:

PSB – 5
PDT – 4
PSDB – 4
PP – 4
PSC – 2
PL – 2
Patriota – 2
Republicanos – 2
Cidadania – 1
PT – 1
Podemos – 1
PTB – 1

Bancadas na próxima legislatura:

PL – 5
Republicanos – 4
Podemos – 3
PSB – 3
PDT – 2
PP – 2
PSDB – 2
PT – 2
União Brasil – 2
Cidadania – 1
Patriota – 1
PSC – 1
Psol – 1
PTB – 1

Vitor Vogas

Nascido no Rio de Janeiro e criado no Espírito Santo, Vitor Vogas tem 39 anos. Formado em Comunicação Social pela Ufes (2007), dedicou toda a sua carreira ao jornalismo político e já cobriu várias eleições. Trabalhou na Rede Gazeta de 2008 a 2011 e de 2014 a 2021, como repórter e colunista da editoria de Política do jornal A Gazeta, além de participações como comentarista na rádio CBN Vitória. Desde março de 2022, atua nos veículos da Rede Capixaba: a TV Capixaba, a Rádio BandNews FM e o Portal ES360. E-mail do colunista: [email protected]

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