Dinheiro
Para o governo, prioridade é reconstruir casas e pontes
Relatório apresentado por Casagrande ao governo federal mostra que o estado teve um prejuízo de R$ 667 mi com as chuvas. Nessa segunda, o governador libera R$ 214 mi para reconstrução das cidades

Casagrande se reuniu nessa segunda-feira com o ministro Canuto. Foto: Giovani Pagotto/Secom
O governo do estado vai liberar nesta terça-feira (4) R$ 214 milhões para reconstrução das cidades destruídas pelas chuvas de janeiro no Espírito Santo. No total, o prejuízo calculado foi de R$ 667 milhões. Esse foi o valor pleiteado nessa segunda pelo governador Renato Casagrande (PSB) ao governo federal, que na semana ada anunciou o ree de R$ 900 milhões para os estados do Sudeste atingidos pela chuva.
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Em todo o Espírito Santo, o governo identificou que 639 imóveis foram destruídos, 221 pontes danificadas, além de 199.320 metros quadrados de estradas, rodovias e contenções. Foi estimado um prejuízo de R$ 71,05 milhões em edificações privadas, outros R$ 74,79 milhões em unidades públicas e mais R$ 520,95 milhões em danos à infraestrutura.
Para Casagrande, a prioridade na reconstrução é para habitação popular e construção de pontes. “São prioridades para dar tráfego e fluxo de veículos nas cidade e também para acolher as pessoas que perderam a residência.”
Ainda não há previsão de quanto dos R$ 900 milhões do governo federal serão destinados para os municípios do Espírito Santo, visto que os rees só serão definidos depois que as cidades enviarem seus planos de recuperação ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
Para isso, o governador vai montar um escritório de trabalho junto com os municípios para ajudar a elaborar o documento a ser enviado ao governo federal.
Segundo o ministro Gustavo Canuto, a liberação desses recursos vai demandar uma análise rigorosa. “Não significa que quem chegar primeiro vai receber primeiro. Será feito de forma cautelosa” disse.
Alfredo Chaves, por exemplo, foi um dos primeiros a enviar o plano, no último sábado. As demandas superam o valor de R$ 200 mil, segundo o ministro.
Dos R$ 214 milhões a serem detalhados hoje pelo governo do estado, estão previstos R$ 72 milhões do Fundo Cidades para prevenção e reconstrução; R$ 100 milhões para reconstrução dos municípios atingidos; R$ 25 milhões do Fundo da Defesa Civil para prevenção de desastres; e mais R$ 17 milhões para o Fundo de Assistência Social.
Prejuízos das chuvas no Espírito Santo
Estradas
Foi identificado um total de 199.320 m2 de estradas destruídas ou danificadas no Espírito Santo, sendo que o município mais prejudicado foi São José do Calçado, que teve problemas de 77 mil m2, seguido de Bom Jesus do Norte, com 34.507 m2, e Iconha, com 32 mil m2 destruídos.
Pontes
Foram contabilizadas 221 pontes danificadas nas cidades atingidas pela chuva no estado. O município mais prejudicado foi Alfredo Chaves, que perdeu 45 pontes. Os municípios de Castelo, Conceição do Castelo e Rio Novo do Sul tiveram cada um 20 estruturas danificadas.
Edificações
Em todo o estado, foram identificadas 639 imóveis destruídos ou danificados. Só no município de Vargem Alta, estavam 142 deles. Em Iconha foram 127 prédios ou casas destruídos
e em Castelo, 77.
Prejuízos econômicos
Edificações privadas: No total, o prejuízo foi de R$ 71,05 milhões. Iconha foi o município em que os moradores tiveram mais prejuízos, com perda estimada em R$ 23,4 milhões, seguido por Vargem Alta, que registrou danos que chegam a R$ 13,2 milhões.
Edificações públicas: A estimativa de perdas foi de R$ 74,79 milhões em imóveis públicos, registrados em apenas três municípios. Iconha também liderou o prejuízo nessa categoria, somando R$ 62,6 milhões, seguido por Alfredo Chaves, com R$ 11,7 milhões, e Vargem Alta, com R$ 430 mil de perdas acumuladas.
Pontes e rodovias: O acumulado em danos no período das chuvas chegou a R$ 520,95 milhões no estado. Iconha também liderou a lista,com prejuízo estimado em R$ 96,1 milhões, seguido por Alegre, com perda de R$ 88,7 milhões e Alfredo Chaves, com R$ 48,4 milhões.
