Dia a dia
Sindicatos dos professores vai à Justiça contra a volta às aulas
Categoria defende que o retorno presencial das atividades ocorra apenas mediante a vacinação dos estudantes, professores e demais servidores
As entidades representativas dos professores da rede pública capixaba querem acionar a Justiça contra o retorno presencial das aulas no Espírito Santo. De acordo com o anúncio da Sedu (Secretaria de Estado da Educação), na manhã desta quinta-feira (28), as atividades devem ser retomadas até no máximo o dia 1° de março.
O calendário foi definido em um consenso entre a Sedu e os gestores dos 78 municípios do Estado. De acordo com o secretário da Educação, Vitor de Angelo, o modelo híbrido, que combina o uso da tecnologia digital com as interações presenciais dos estudantes, ainda será utilizada por um bom tempo. “Dentro da liberdade de cada gestor, de escolher como se dará a volta, se por etapa ou contemplando atividades específicas, a decisão consensual é de que é importante voltar às aulas presenciais”, disse.
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O Sindiupes (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo) criticou a decisão e afirma que irá protestar, na segunda-feira (1), em uma carreata, contra a decisão. De acordo com Paulo Cesar Loureiro de Araújo, diretor de Comunicação do Sindicato, a Justiça deverá ser acionada. “Somos contrários ao retorno das aulas sem a imunização da categoria. Poderíamos manter as aulas remotas até os índices de mortalidade e ocupação das UTIs apresentarem melhora. Neste momento, não há condições de expor crianças, professores e funcionários das escolas”.
Em nota, o Sindipúblicos (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo), também se manifestou pelo retorno das atividades apenas mediante a vacinação de toda a comunidade escolar e que vai avaliar a possibilidade de acionar a Justiça para garantir a segurança dos trabalhadores.
Questionado pela reportagem do Portal ES360, o secretário de Educação, Vitor de Angelo, disse respeitar os professores e os Sindicatos, mas que a decisão sobre a vacinação deve partir do governo Federal.
“O Sindicato está no seu papel de defender determinadas posições e é natural que isso aconteça. Todas as decisões que anunciamos tem fundamento na ciência ou em evidências que nos permitem dar esses os. Nós do governo estadual, não temos toda a liberdade de fazer escolhas. O Plano Nacional de Imunização deve ser seguido pelos Estados e municípios. A vacinação (dos professores) vai demorar alguns meses ainda, talvez no segundo semestre. Por isso, temos tentado junto ao governo Federal sensibilizar a importância para trazer os professores para o início dessa fila de prioridades. Mas, por enquanto, não tivemos sucesso nesse diálogo”, afirmou o secretário.
