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Dia a dia

Reunião de Lula e Macron pede acompanhamento e sanções para Venezuela

Presidentes se encontraram em Bruxelas junto com outros líderes mundiais para tratar da situação atual do país latino-americano

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Delcy Rodríguez, Lula e Macron. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na última segunda-feira (17), ocorreu um encontro em Bruxelas entre a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e Gerardo Blyde, um dos líderes da oposição no país. A reunião foi intermediada pelos presidentes Lula, Emmanuel Macron (França), Gustavo Petro (Colômbia) e Alberto Fernández (Argentina).

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Nesta terça-feira, um comunicado sobre o encontro foi divulgado, e no texto final, os presidentes desses países solicitaram que a Venezuela realize eleições presidenciais livres em 2024, com a presença de observadores internacionais. Além disso, foi mencionado que as sanções impostas à Venezuela devem ser suspensas caso o país organize eleições verdadeiramente livres e justas.

Uma primeira versão desse comunicado foi rejeitada pelos representantes venezuelanos, que consideraram o texto demasiadamente favorável à oposição do país, de acordo com fontes anônimas presentes durante a redação do documento.

Esses líderes latino-americanos e Macron estavam em Bruxelas para participar de uma reunião entre os líderes da União Europeia e da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Emmanuel Macron, presidente da França, afirmou aos jornalistas que a questão da Venezuela foi discutida longamente durante a cúpula e que é o assunto mais importante para ele.

Eleições

A Venezuela está se preparando para realizar eleições no próximo ano, porém, há divergências entre o governo e a oposição. A oposição venezuelana alega que as condições para as eleições são antidemocráticas e que diversos de seus principais candidatos foram impedidos pelo governo de ocupar cargos públicos, como ocorreu com a ex-deputada Maria Corina Machado.

Em 2021, a União Europeia enviou uma missão de observadores para acompanhar as eleições regionais na Venezuela. Na época, os representantes europeus afirmaram que as condições eleitorais no país haviam apresentado melhorias em comparação com votações anteriores, mas ressaltaram que a Venezuela ainda não possuía um Poder Judiciário independente.

No entanto, recentemente, deputados aliados ao presidente Nicolás Maduro afirmaram que o governo venezuelano não permitirá que observadores da União Europeia atuem no país durante as eleições presidenciais do próximo ano.

Oposição

Na Venezuela, a oposição política está se organizando através de suas próprias prévias, buscando chegar unificada no próximo ano. As inscrições para essas prévias encerraram-se em 24 de junho, com a participação de 14 pré-candidatos. A votação está agendada para o dia 22 de outubro.

É importante ressaltar que três dos pré-candidatos que participarão dessas prévias já estão proibidos de ocupar cargos públicos: María Corina Machado, Henrique Capriles e Freddy Superlano.