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Em reunião com Pazuello, Casagrande vai cobrar cronograma federal de vacinação

Governadores de todo o país se reúnem nesta segunda-feira com o ministro da Saúde para discutir temas relacionados à pandemia

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Cobrado pela falta de vacinas contra a covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reúne nesta quarta-feira (17) com representantes do Fórum dos Governadores para tratar sobre as políticas de imunização nacional. Em entrevista à GloboNews, o governador Renato Casagrande, integrante do grupo, participará do debate que terá como ponto principal assuntos relacionados à compra, distribuição e cronograma federal de vacinação contra o novo coronavírus.

O governador Renato Casagrande em entrevista à GloboNews, antes de uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Reprodução/GloboNews

O governador Renato Casagrande em entrevista à GloboNews, antes de uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Reprodução/GloboNews

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No momento em capitais começam a paralisar as vacinações, Casagrande defende que os gestores estaduais e municipais tenham mais informações sobre o assunto, para que suas campanhas não sejam afetadas. “Estamos atrasados enquanto a distribuição de vacinas. Outros países já avançaram muito mais que o Brasil. Temos expectativas das compras feitas pelo governo federal, mas precisamos de clareza em termos da chegada desses imunizantes, para que possamos organizar a aplicação”.

Ainda de acordo com Casagrande, os governadores também cobrarão de Pazuello assuntos relacionados ao orçamento da Saúde para 2021, além de outras questões istrativas.

“Até o ano ado, o governo federal credenciou leitos de UTIs. Mas em 2021 não há novos credenciamentos. Estamos vivendo uma nova fase, um novo momento de muitos óbitos, internações e muita demanda do sistema de saúde. Por isso, aumentar o orçamento para que possamos credenciar esses leitos é fundamental neste momento. Assim como impedir a prática do preço abusivo de insumos na área de saúde”, frisou o governador.

Confira outros pontos abordados durante a entrevista

Durante a reunião, serão cobrados critérios específicos sobre a distribuição das vacinas?

Há alguns dias, nós, governadores, já decidimos reservar uma cota que nos caberia das vacinas para fortalecer a imunização no estado do Amazonas. Pode ser que esse assunto surja novamente. Soube que o ministro esteve em Manaus e tratou sobre a ampliação da vacinação por lá. Mas não é só o o Amazonas que está sofrendo, Rondônia também sofre. Mas nosso grande problema é o número pequeno de vacinas. Queremos que elas venham com rotina, que exista um processo com mais planejamento para que possamos priorizar o debate da ampliação da vacina pelo Brasil.

Diante das paralisações que já ocorrem em algumas capitais do país, o Espírito Santo manterá a segunda dose para quem já foi imunizado?

Reservamos nas câmaras frias do governo do Estado, a segunda dose dos imunizantes e as distribuiremos posteriormente aos municípios. Esperamos que ao final de fevereiro um novo lote de vacinas chegue. Começamos a vacinação pelos profissionais de saúde, idosos acima de 90 anos, e essa semana alguns municípios já começaram a vacinar idosos acima de 85 anos. Por aqui, vamos aperfeiçoando o plano nacional por meio de portarias da Secretaria Estadual da Saúde.

O senhor acredita que prefeitos e governadores caíram em uma armadilha no que diz respeito à responsabilidade e estoque das vacinas?

Independentemente de ser uma armadilha ou não, estamos cumprindo nossa obrigação. Desde o início da pandemia tem sido assim. Governadores, em especialmente, mas também alguns prefeitos, assumiram a condução das campanhas de vacinação por ausência de uma coordenação nacional. Isso nos desgastou, nos colocou em xeque, fez com que enfrentássemos guerras e bombardeios de fake news. De um lado, os que querem ficar ema quarentena até 2050. Do outro, os que não querem quarentena de jeito nenhum. Há um processo de ideologia política no meio desse debate. É de fato um ambiente pantanoso para caminharmos. Mas não considero uma armadilha, considero uma obrigação e uma responsabilidade nossa por ausência de uma coordenação nacional. Como o Brasil teve poucos contratos com empresas para desenvolver e adquirir vacinas, hoje estamos um o atrás de diversos países que se adiantaram nesse processo. Temos que ser claros com a população. A população tem que ter todas as informações de que neste momento a compra de vacinas se dá apenas por meio do Ministério da Saúde. Mas vou colocar para o ministro da Saúde que se houver alguma vacina de alguma industria que o governo federal não tenha interesse em adquirir, alguns estados têm sim esse interesse. Então que o governo federal autorize a compra direta e desburocratize a importação de vacinas, desde que tenham sido aprovados por outros órgãos de controle ou mesmo pela Anvisa. Nossa prioridade é que o governo federal compre todas, mas se não quiser por alguma razão, alguns estados tem interesse. E o Espírito Santo também.