Professor Casagrande deve escalar Rigoni na Ciência e Tecnologia

Rigoni com a camisa do Flamengo. Foto: Reprodução Facebook

Dizendo querer continuar a contribuir com o Espírito Santo, o deputado federal não reeleito Felipe Rigoni (União Brasil) segue fortemente cotado para tomar assento no alto escalão do próximo governo Casagrande (PSB), com maiores probabilidades de ser escalado para a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti).

Com discurso de quem se aquece para entrar em campo (Dani Alves? Fred? Rodrygo?), Rigoni diz estar à disposição para ajudar o time. Como aquele atleta que gosta de dar opinião no esquema tático do treinador, ele conta já ter conversado com o Professor Renato sobre “o que ele precisa fazer em cada área” (a pequena e a grande). E, valorizando seu e no mercado da bola política, relata já ter recebido propostas de outros clubes, ou melhor, da iniciativa privada.

“Não houve um convite do governo, formalmente falando. Eu não tomei nenhuma decisão. Estou recebendo muitos convites do setor privado, do setor de energia, alguns outros setores que estão me convidando para ir trabalhar. Mas não houve convite formal do Governo do Estado, apesar de eu já ter conversado com o Renato sobre os rumos do governo em si, o que ele precisa fazer em cada área e tal. Estou aqui para ajudar.”

Rigoni é muito mais cotado para jogar na Secti, mas, nos bastidores, também já teve o nome citado por alguns comentaristas para a Secretaria de Desenvolvimento (com bem menores chances) e até para a de Educação (dificílimo).

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“Eu fico feliz de ter sido lembrado para essas áreas, que são as três áreas a que eu me dediquei no mandato. Então quer dizer que, por parte da sociedade, tem um reconhecimento disso. Eu quero continuar a contribuir para o Brasil e para o Espírito Santo”, afirma o deputado federal, malsucedido na tentativa de renovar o mandato na Câmara, apesar de ter ficado entre os dez mais votados para o cargo no Espírito Santo.

Possível destino de Rigoni, a Secti não existe como tal hoje em dia no organograma do governo. Existia até princípios de 2021.

Porém, naquele momento, foi fundida com a de Desenvolvimento (Sedes), num arranjo construído pelo até então secretário de Governo, Tyago Hoffmann (PSB). Surgiu, então, a paquidérmica Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Desenvolvimento Econômico (Sectides), tendo à frente o próprio Hoffmann, até abril deste ano.

Contudo, Hoffmann disputou a eleição e será deputado estadual a partir de 2023. Não há mais razão para Casagrande conservar essa megaestrutura. Assim, já está decidido: a Sectides será desmembrada, voltando a dar origem à Secti e à Sedes como pastas independentes. Mais duas secretarias para Casagrande preencher nessa reformulação da sua equipe.

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A informação sobre o desmembramento é confirmada em caráter oficial pela assessoria de imprensa da Sectides:

“A Secretaria de Estado de Inovação e Desenvolvimento (Sectides) confirma que será desmembrada e volta a ser Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) e Secretaria de Desenvolvimento (Sedes). O projeto de lei com esta finalidade será encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo nos próximos dias.”

RICARDO E A SEDES

Ao que tudo indica, o vice-governador eleito com Casagrande, Ricardo Ferraço (PSDB), terá influência pessoal na escolha do próximo secretário de Desenvolvimento e na condução dos trabalhos da pasta que ajuda a fomentar negócios no Espírito Santo.

VITOR DE ANGELO

O secretário estadual de Educação, Vitor de Angelo (sem partido), pode sair da Sedu no fim do atual governo. Não quer dizer que ele deixará o time Casagrande. Cientista político e professor da UVV, De Angelo pode ser deslocado para jogar em outra posição.

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PRUUU!

Se Rigoni for mesmo escalado por Casagrande, ará a jogar de novo no time do pombo (pruuu!). Não o pombo do craque Richarlison, nosso artilheiro de Nova Venécia, cidade próxima à Linhares de Rigoni. Refiro-me ao pombo (na verdade, pomba) que é símbolo do PSB, partido de Casagrande, ao qual Rigoni já pertenceu e pelo qual elegeu-se deputado em 2018.