Coluna Vitor Vogas
Coronel Wagner definiu o partido pelo qual concorrerá a deputado
Oficial dos Bombeiros Militares decidiu disputar uma cadeira de deputado federal pelo Republicanos, de Erick, Pazolini e Amaro. Ele explica por quê

Coronel Wagner Borges será candidato a deputado federal pelo Republicanos. Foto: Acervo pessoal
O coronel dos Bombeiros Militares do Espírito Santo Wagner Borges escolheu o partido pelo qual será candidato a deputado federal: o oficial buscará uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Republicanos, partido do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (pré-candidato a governador), e do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Ele mesmo confirma a informação e explica por que optou pela legenda: “Escolhi o Republicanos porque, para mim, foi o partido que me deu melhores condições de candidatura. Além disso, é um partido que, no seu estatuto, corrobora com o que defendo: os princípios de liberalismo econômico e de preservação e proteção da família”.
Estatutariamente, o Republicanos é uma agremiação que se define como liberal na economia e conservadora na defesa dos “valores cristãos”. É uma sigla muito conectada com igrejas evangélicas, principalmente a Universal do Reino de Deus.
Wagner chega ao partido para reforçar uma chapa de candidatos a deputado federal que já é considerada competitiva, com alta possibilidade de eleger pelo menos dois candidatos (há dez vagas para deputado federal no Espírito Santo).
Dela já fazem parte, por exemplo, o atual deputado federal Amaro Neto, pré-candidato à reeleição, o vereador de Vila Velha e pastor Devanir Ferreira, o ex-vereador de Cariacica Messias Donato, o ex-deputado federal Jorge Silva, o empresário de Colatina Marcos Guerra, o advogado de Cachoeiro Diego Libardi e o médico Leonardo Lessa (ligado à Igreja Maranata).
Todos podem ser candidatos a deputado federal na chapa do Republicanos, mas, com a chegada de Wagner, seriam oito homens. No Espírito Santo, cada partido só pode lançar até 11 candidatos a deputado federal, respeitando a cota de gênero (pelo menos 30% para homens ou mulheres). Assim, dos onze candidatos, pelo menos quatro precisam ser mulheres, só cabendo sete homens. Um dos oito terá que ceder – possivelmente, sendo deslocado para a chapa de deputados estaduais.
O lançamento da pré-candidatura de Wagner ocorreu na noite da última quarta-feira (29), no auditório do Sindipães, no bairro Novo México, em Vila Velha.
Pelo Partido Liberal (PL), sigla presidida no Estado pelo ex-senador Magno Malta, o coronel disputou a última eleição a prefeito de Vila Velha em 2020. Chegou em 4º lugar, com 6,73% dos votos válidos (13.661, em números absolutos).
Como bombeiro militar da ativa, ele já entregou o seu pedido de licença das funções ao comando da corporação, em obediência à determinação legal. Por uma questão de “igualdade de condições”, a legislação eleitoral estabelece que servidores públicos devem se desincompatibilizar dos respectivos cargos até três meses antes do dia do 1º turno da votação (2 de outubro). Os efetivos têm direito a uma licença remunerada, enquanto os comissionados devem ser exonerados, conforme explica o advogado eleitoral Marcelo Nunes. Hoje, portanto, é o último dia para isso.
Como militar da ativa, Wagner na verdade não precisa nem pode se filiar antes do processo eleitoral. Tecnicamente falando, ele nem sequer chega a fazer uma “filiação”. A legislação eleitoral determina que o militar da ativa deve apenas ter a candidatura registrada na ata da convenção partidária (de 20 de julho a 5 de agosto), para poder concorrer a um mandato. Durante a campanha eleitoral, ele fica vinculado ao partido. Se for bem-sucedido nas urnas, exercerá o mandato de deputado pelo Republicanos. Se não, volta a ficar sem vínculo partidário.
Tenente Andresa
Wagner não é o único bombeiro da ativa que o Republicanos está “contratando” para o processo eleitoral. A convite do próprio coronel, a tenente Carla Andresa Silva, também dos Bombeiros Militares, vai concorrer a uma vaga de deputada estadual pelo mesmo partido. “Estou levando a Andresa e faremos uma dobradinha: eu para federal e ela para estadual. Convidei ela por sua defesa das mulheres e das crianças”, conta ele.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.
