Coluna Vitor Vogas
Audifax perde eleição na Serra. Guerino vence em Linhares
Juntos, os dois ex-prefeitos tiveram 85,6 mil votos nos respectivos redutos. Os dois colégios se tornam fundamentais para Manato e Casagrande no 2º turno
Prefeito da Serra por três mandatos (o último encerrado em 2020), Audifax Barcelos (Rede) fez uma campanha a governador muito concentrada no município. Em debates e na propaganda eleitoral, ressaltou os feitos de suas istrações, como a construção de super creches e a diminuição de indicadores de violência. O ex-prefeito, porém, não conseguiu ganhar jogando em casa no 1º turno.
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Na votação deste domingo (2), Audifax ficou em terceiro lugar no município governado por ele de 2005 a 2008 e de 2013 a 2020. Com a preferência de 50.458 eleitores serranos, ele teve 20,46% dos votos válidos na cidade. Manato ficou em segundo lugar na Serra, com 79.202 votos nominais (32,11% dos válidos). Casagrande foi o primeiro colocado, com 106.854 votos nominais (43,32% dos válidos).
Já o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD) conseguiu vencer a eleição pelo menos em seus domínios. Eleito prefeito da cidade por cinco mandatos, ele obteve 43,59% dos votos válidos no próprio reduto, com a preferência de 35.231 linharenses. Na maior cidade do norte do Estado, Casagrande ficou com 28,26% dos votos válidos (22.840 votos nominais), enquanto Manato foi o terceiro colocado, com 26,15% dos válidos (21.130 nominais).
O que se pode concluir é que, com os dois ex-prefeitos de importantes colégios eleitorais agora fora da disputa no 2º turno, tanto a Serra como Linhares am a ser redutos estratégicos, que podem até ser decisivos na votação do dia 30 de outubro.
Esses 50,4 mil “votos caseiros” de Audifax na Serra e os 35,2 mil de Guerino em Linhares agora não têm mais “dono”. Perfazem uma massa de 85,6 mil votos que, em tese, podem migrar tanto para Casagrande como para Manato. Este já recebeu o apoio de Guerino. Audifax, por enquanto, está neutro.
Mas a simples declaração de apoio a um dos dois finalistas não quer dizer que o eleitor vá necessariamente acompanhar a indicação feita por seu candidato no 1º turno. A influência certamente é importante, mas o eleitor, por outras razões, pode acabar optando pelo outro finalista.
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Para se ter uma ideia da importância desses 85,6 mil “votos domésticos” de Guerino e Audifax, Casagrande ficou por exatos 63.678 votos de vencer a eleição em 1º turno.
Em todo o Espírito Santo, Guerino (146.177) e Audifax (135.512) tiveram, juntos, 281.689 votos nominais, o equivalente a 13,54% dos válidos.
É o tesouro a ser mapeado e disputado agora por Casagrande e Manato. E tanto a Serra como Linhares têm um xis no mapa eleitoral.
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