Coluna Vitor Vogas
Audifax com Manato; todos os partidos de sua coligação, com Casagrande
No 1º turno, ex-prefeito da Serra disputou a corrida ao Palácio Anchieta em uma coligação formada por Rede, Psol, Avante e Solidariedade. Desfeita a coligação, as quatro siglas foram para o atual governador

Dirigentes do Solidariedade selam apoio à reeleição de Casagrande. Foto: Hélio Filho
O governador Renato Casagrande (PSB) recebeu o apoio do partido Solidariedade à sua reeleição. A sigla é pequena, não agrega tanto à campanha, mas seu ingresso na coalizão de Casagrande tem uma importância simbólica: agora, os quatro partidos que compam a coligação de Audifax Barcelos no 1º turno estão no palanque do atual governador, enquanto o próprio ex-prefeito da Serra preferiu reforçar o palanque de Manato (PL).
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Ao comunicar o seu apoio a Manato, no último dia 6, Audifax também anunciou a sua desfiliação da Rede Sustentabilidade. Ele concorreu ao Governo do Estado à frente de uma coligação formada pela federação Rede/Psol e, ainda, pelos partidos Avante e Solidariedade.
O Avante foi o primeiro a declarar apoio a Casagrande. Ainda na última semana do 1º turno, seu presidente estadual, Marcel Carone, informou que estava levando o partido (informalmente) para o palanque da situação, alegando que Audifax não teria cumprido o compromisso de apoiar o candidato do Avante ao Senado, o pastor e influenciador digital Nelson Junior. No 2º turno, Carone tem feito intensa campanha para Casagrande nas redes sociais e em comícios.
Na primeira semana do 2º turno, a Rede e o Psol, cada um a seu tempo, também declararam apoio oficial a Casagrande. No horário eleitoral do governador, a vereadora e deputada estadual Camila Valadão, principal representante do Psol no Espírito Santo, já apareceu pedindo votos para ele.
> Manato ou Casagrande? Casos de partidos que vão para um lado, enquanto o filiado vai para o outro
Na última terça-feira (18), foi a vez de o Solidariedade subir no palanque de Casagrande, decisão confirmada à coluna pelo presidente estadual da legenda, Douglas Pinheiro:
“O partido entendeu que apoiar a reeleição do governador Casagrande representa a continuidade de um trabalho que foi iniciado 20 anos atrás, de conquista de credibilidade do nosso Estado no cenário nacional, equilíbrio das contas públicas e desenvolvimento econômico e social das nossas cidades. Se queremos o melhor para o nosso país, entendemos que é fundamental escolher e apoiar o melhor para o nosso Espírito Santo”, justificou o dirigente.
Ele acrescentou que a decisão foi tomada em acordo com a direção nacional do Solidariedade, que 90% da legenda no Espírito Santo apoiam a reeleição de Bolsonaro na Presidência e 100% estarão com Casagrande.
“Da mesma forma que fomos fiéis ao Audifax no 1º turno, seremos fiéis ao Casagrande no 2º turno. Sabemos o que era nosso Estado há mais de 20 anos e não podemos voltar àquele ado”, afirmou Pinheiro.
A tenente dos Bombeiros Militares do Espírito Santo Andresa Silva, candidata a vice-governadora na chapa de Audifax pelo Solidariedade, também já declarou seu apoio pessoal a Casagrande. Para a Presidência, ela apoia Bolsonaro.
Contradições da política
Na eleição presidencial, todos os partidos que compunham a coligação estadual de Audifax (que agora apoia o candidato de Bolsonaro) fazem parte da coligação nacional do ex-presidente Lula (PT). No Espírito Santo, o PT pertence à coligação de Casagrande, eleitor declarado de Lula – embora, por estratégia, não faça campanha para o petista.
A explicação de Audifax
No 1º turno, o ex-prefeito da Serra teve 6,5% dos votos válidos para governador. Ao anunciar seu apoio a Manato no último dia 6, ele explicou que sua decisão não se devia a uma questão ideológica, mas sim a uma questão pontual relativa às eleições no Espírito Santo: disse que precisava manter a coerência após ter feito muitas críticas a Casagrande e ao atual governo durante o 1º turno.
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