Casagrande define líder do governo na Ales. Saiba quem é o escolhido

Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Foto: Rodrigo Zaca/Governo ES

O governador Renato Casagrande (PSB) decidiu manter o deputado estadual Dary Pagung na função de líder do governo na Assembleia Legislativa. O convite, porém, ainda não foi feito oficialmente ao deputado pelo governador. Segundo Casagrande, Dary só não seguirá na liderança se não quiser.

“Com relação ao líder do governo, é o Dary. A não ser que o Dary não queira permanecer ou queira cumprir outra tarefa, o líder continua sendo o Dary. Mas é um assunto que ainda vou tratar com o Dary. Ainda não falei com ele sobre isso nesta legislatura.”

Também filiado ao PSB, Dary exerce o cargo de líder do governo na Assembleia desde abril de 2020, quando substituiu Eustáquio de Freitas (PSB) na função. 

O deputado de Baixo Guandu é considerado um dos aliados mais leais a Casagrande no plenário. Também é um dos parlamentares mais experientes na Assembleia. 

No exercício da liderança, Dary tem perfil conciliador. Sua marca é a discrição. Diferentemente dos líderes anteriores de Casagrande na istração ada (Freitas e, principalmente, Enivaldo dos Anjos), ele muito raramente vai para o confronto direto com opositores do governo no plenário. 

Por essas características, agrada à maioria dos colegas e transita facilmente entre aliados e até opositores do Palácio Anchieta. 

A definição do líder estava entre o próprio Dary e Tyago Hoffmann, também do PSB. Recém-chegado à Casa de Leis para seu primeiro mandato eletivo, o ex-secretário de Governo possui um estilo diferente: pode mesclar um perfil mais conciliador com um perfil mais combativo, se necessário. 

Até a publicação deste texto, a coluna não consegui obter de Dary e de sua assessoria se ele vai ou não aceitar permanecer na liderança. Se recebermos resposta, a publicação será atualizada.

Informações de bastidores dão conta de que o deputado saiu magoado da recente eleição da Mesa Diretora da Assembleia, processo que culminou com a vitória da chapa única liderada pelo deputado Marcelo Santos (Podemos) na última quarta-feira (1º).

Tal como na eleição anterior, em 2021, Dary chegou a ser cotado para a presidência. Mas não se viabilizou e ainda viu o governo e o próprio governador declararem apoio à candidatura de Marcelo para comandar a Casa. 

Dary é o líder do blocão partidário constituído após a eleição de Marcelo no dia 1º e formado pela maioria dos partidos representados no plenário. Com a maioria dos 30 deputados, esse bloco vale para a indicação dos componentes das comissões temáticas da Casa. Dele sairá a maioria dos integrantes de cada comissão. 

> Análise: agora presidente da Assembleia, Marcelo está mais perto ou mais longe do TCES?

Presidência de comissões

Nesta segunda-feira (6), às 15 horas, ocorre a sessão de instalação dos trabalhos da Assembleia. 

Já estão definidos os presidentes de algumas das comissões permanentes mais importantes (inclusive para o governo).

A presidência da Comissão de Finanças ficará com Tyago Hoffmann (PSB), tendo como vice-presidente Mazinho dos Anjos (PSDB), também novato e também aliado do governo. 

Já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), as posições se invertem: Mazinho será o presidente, enquanto Tyago ficará com a vice-presidência.

As informações são de Mazinho dos Anjos. 

Casagrande confirma que Tyago já relatou a Marcelo Santos e ao chefe da Casa Civil seu interesse em assumir a presidência da Comissão de Finanças.

Tyago é economista. Mazinho, advogado.