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Coluna Vitor Vogas

Assembleia elege Davi Diniz para o cargo de conselheiro do TCES

Chefe da Casa Civil foi eleito na tarde desta segunda pelos deputados como sucessor de Sérgio Borges. Era o candidato de Casagrande e Marcelo Santos

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Davi Diniz foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES). Foto: assessoria da Casa Civil

Da série “agora é oficial”: o secretário-chefe da Casa Civil, Davi Diniz (sem partido), será o próximo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES), ocupando o cargo aberto com a aposentadoria de Sérgio Borges.

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Com 26 dos 30 votos possíveis, Davi foi eleito sucessor de Borges em votação secreta apenas homologatória realizada durante a sessão plenária na tarde desta segunda-feira (4). Ele disputou sem concorrentes: foi o único candidato inscrito na disputa pela vaga.

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Vinte e oito deputados participaram da votação. Capitão Assumção (PL) não participou por estar preso desde a última quarta-feira (28), enquanto Theodorico Ferraço (PP) ficou tecnicamente impedido de votar porque participava da sessão de maneira remota e, nessa modalidade, a Assembleia não dispõe de mecanismo para assegurar o voto secreto. Um deputado votou contra a candidatura de Davi e outro anulou o voto.

Davi Diniz foi o nome apoiado nos bastidores pelo governador Renato Casagrande (PSB) e também pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos). Na última quinta-feira (29), o próprio Marcelo se encarregou de registrar a candidatura única de Davi. Além do presidente da Assembleia, o ofício de inscrição foi assinado por outros 24 deputados. Com isso, o candidato do Palácio Anchieta já entrou na disputa com dilatada maioria consolidada.

Essa elástica maioria se confirmou na votação em plenário na tarde desta segunda-feira.

Davi acompanhou a votação pessoalmente na Assembleia, mas não dentro do plenário.

Após tomar posse no tribunal, Davi poderá permanecer no cargo por cerca de 32 anos. Pelo regramento atual, só precisará se aposentar, compulsoriamente, ao completar 75 anos. Além dos benefícios, os sete conselheiros do TCES têm atualmente salário de R$ 37.589,96. Seus subsídios, direitos, garantias e prerrogativas são equiparados aos dos desembargadores pela Constituição Estadual.

A Lei Maior do Estado também estabelece que, dos sete assentos no Pleno do TCES, três são preenchidos por indicação direta do governador, enquanto os outros quatro são indicados pelos deputados estaduais, em votação plenária, como foi o caso em questão.

Minicurrículo

Natural de Volta Redonda (RJ), Davi Diniz de Carvalho tem 43 anos. Servidor de carreira do Governo do Estado do Espírito Santo, é secretário-chefe da Casa Civil desde o começo do segundo governo de Casagrande, em janeiro de 2019. Tem experiência de mais de 10 anos em gestão pública.

Ingressou na Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) em 2008, como analista do Executivo. Em 2010, assumiu o cargo de especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. Também atuou no Grupo Financeiro Setorial e como Gerente de Obras da Secretaria de Estado de Esportes (Sesport).

No primeiro governo de Casagrande (2011-2014), esteve à frente do Departamento de istração e Recursos Humanos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). Em janeiro de 2013, tornou-se diretor-presidente do mesmo instituto. No fim dessa istração, foi secretário estadual de Planejamento.

Com a não reeleição de Casagrande em 2014, Davi ou a colaborar com Luciano Rezende na Prefeitura de Vitória. Ligado politicamente ao então prefeito e à então secretária municipal de Desenvolvimento da Cidade, Lenise Loureiro, ele era àquela altura filiado ao Cidadania, partido de ambos. Em março de 2015, foi nomeado secretário de istração de Vitória. Também ou pelo cargo de secretário municipal da Fazenda.

Em janeiro de 2019, com o retorno de Casagrande ao Palácio Anchieta, assumiu a titularidade da pasta da Casa Civil, tornando-se assim o principal articulador político do Executivo Estadual, especialmente com os membros da Assembleia Legislativa. Por esse motivo, desfiliou-se do Cidadania.

Detalhe

A votação desta vez foi secreta por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no ano ado.