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Falta de AstraZeneca trava antecipação da 2ª dose no Espírito Santo
Pelo menos outros cinco estados também descartaram antecipar a aplicação da vacina, contrariando o Plano Nacional de Imunização

Falta de AstraZeneca trava antecipação da 2ª dose no Espírito Santo. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Espírito Santo e pelo menos outros cinco estados brasileiros descartam a antecipação da segunda dose da vacina contra o novo coronavírus a partir desta quarta-feira (15), contrariando o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
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Pelos planos do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o intervalo da aplicação seria reduzido de 12 para 8 semanas. A falta de imunizantes, no entanto, é um entrave, afirmam os estados. Ao jornal Folha de S.Paulo, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Norte afirmaram que a medida seria inviável “enquanto não houver envio pelo governo federal de mais doses, em especial da AstraZeneca”.
Ainda de acordo com a publicação, o governo capixaba disse ter reduzido o intervalo de aplicação das vacinas de 12 para 10 semanas, mas que não será possível encurtá-lo ainda mais, como prometido pelo governo federal. Ao jornal, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, que também é vice-presidente do Conselho de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) na região Sudeste, defendeu que mais importante que a redução do intervalo é a garantia da dose de reforço para pessoas com mais de 60 anos.
“Estamos aguardando um posicionamento do Ministério da Saúde. Pelo cronograma de doses publicado até hoje acreditamos não ser possível atender a D1 [primeira dose], antecipar a D2 [segunda dose] e aplicar a dose de reforço”, afirmou Fernandes.
Questionado sobre a redução no intervalo das doses e uma possível intercambialidade de vacinas, em decorrência da falta de imunizantes, o Ministério da Saúde disse que não há falta de vacinas no país e que só recomenda o uso de diferentes imunizantes para grávidas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca e devem completar o esquema vacinal com os medicamentos que não tiverem o vetor viral, como a Pfizer ou a Coronavac.
