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ES reduz de 5 para 4 meses o intervalo das doses de reforço para grupo 60+
A medida busca combater o avanço da doença entre os idosos. Em setembro, foram registrados até 9 óbitos dia nessa faixa etária

ES reduz de 5 para 4 meses o intervalo das doses de reforço para grupo 60+. Foto: Leonardo Silveira/PMV
O intervalo de aplicação da dose de reforço contra o novo coronavírus para pessoas com 60 anos ou mais será reduzido de cinco para quatro meses no Espírito Santo. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a redução a a valer a partir desta sexta-feira (22).
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De acordo com ele, a medida tem como objetivo conter o avanço da doença entre os idosos. “Registramos um fenômeno onde a média móvel dos óbitos no período de 14 dias para essa faixa etária saltou de 4,5 casos/dia, no melhor momento do agosto, para 9 mortes/dia, no pior momento de setembro. Esse crescimento de óbitos e internações não significa uma nova onda, mas a pressão na rede de serviços pode ameaçar um colapso no sistema”, alertou o secretário.
Ainda segundo o secretário, considerando a ampla disponibilidade de vacinas que o estado vive neste momento, a decisão de reduzir o intervalo entre a segunda dose e a dose de reforço para este grupo deverá minimizar os prejuízos causados pela doença para este grupo.
“Estamos publicando no dia de hoje a autorização e partir de amanhã os idosos que tenham pelo menos quatro meses do prazo da aplicação da segunda dose, independentemente do imunizante recebido, será contemplado com a dose de reforço. Esse prazo, inclusive, poderá ser reduzido para três meses caso a disponibilidade de vacinas ao longo do mães de novembro seja ampliada”, frisou Fernandes.
Intervalo da 1ª e 2ª doses será de 8 semanas
No início da semana, e diante da falta de imunizantes da AstraZeneca no Espírito Santo, a Sesa autorizou o uso de vacinas da Pfizer na aplicação da segunda dose para pessoas que receberam o outro imunizante na primeira aplicação. Com a decisão, foi reduzido também o intervalo entre as aplicações. Antes, o tempo de espera entre a primeira e segunda dose da AstraZeneca era de 10 semanas. Com a estratégia, o tempo ou para 8 semanas, como já ocorria no caso da Pfizer.
Em outros estados brasileiros, como em São Paulo, os gestores da Saúde reduziram esse intervalo para apenas 21 dias. No Espírito Santo, Nésio garante que a estratégia não será adotada.
“Essa redução pode prejudicar o resultado da vacinação no que diz respeito a eficácia, segundo diversos estudos. Pesquisas apontam que a manutenção de um prazo mínimo de 8 semanas entre as doses é capaz de repercutir em uma melhor resposta do sistema imune para os casos leves. E em casos de pandemia, o controle de casos leves é fundamental. Dessa forma, o governo do Estado decide manter o intervalo de 8 semanas entre as aplicações da primeira e segunda doses da Pfizer e AstraZeneca”, disse o secretário.
Confira o anúncio completo do secretário Nésio Fernandes
