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Bolsonaro pede desculpa a venezuelanas em vídeo com Michelle

No vídeo gravado nesta terça-feira (18), Bolsonaro dá uma versão de que teve uma “dúvida” e uma “preocupação” sobre as jovens no local

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O presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, gravou vídeo ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da representante de Juan Guaidó no Brasil, María Teresa Belandria (à esquerda)

O presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, gravou vídeo ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da representante de Juan Guaidó no Brasil, María Teresa Belandria (à esquerda). Foto: Reprodução

Após repercussão da fala sobre imigrantes venezuelanas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um pedido de desculpas sobre o caso em vídeo ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da embaixadora da Venezuela María Teresa Belandria. Na entrevista, o candidato à reeleição disse que “pintou um clima” ao ar de moto em São Sebastião, região do Distrito Federal, e que as meninas se arrumavam para “ganhar a vida”.

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No vídeo gravado nesta terça-feira (18), Bolsonaro dá uma versão de que teve uma “dúvida” e uma “preocupação” sobre as jovens no local, mas que essas incertezas foram esclarecidas pela então ministra Damares Alves. Segundo Bolsonaro, a ministra foi ao local e verificou que eram meninas “trabalhadoras”.

Em seguida, ele alegou que as palavras dele foram “por má-fé tiradas do contexto”. Bolsonaro pediu desculpas, caso as declarações tenham ofendido alguém ou provocado “algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas”.

“Se as minhas palavras que, por má fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas, provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas. O meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo”, diz Bolsonaro.

EM ENTREVISTA

A repercussão começou no sábado (15), quando viralizou nas redes sociais uma entrevista de Bolsonaro a um podcast na sexta-feira (14). Na entrevista, Bolsonaro relatou que estava de moto andando em uma região istrativa do Distrito Federal e encontrou meninas venezuelanas em uma casa. Ele disse que “pintou um clima” e, por isso, resolveu entrar:

“Eu parei a moto em uma esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, 3, 4, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas em um sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’. Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, narrou Bolsonaro.

LIVE

Em live na madrugada deste domingo (16/10), Bolsonaro falou sobre o episódio. “Acabei de chegar de três grandes capitais (Bolsonaro cumpriu agenda no Nordeste nesse sábado). Durante o voo, fiquei sabendo de algo que me chocou. O PT ultraou todos os limites. Vinham falando há pouco barbaridades. Que eu sou canibal, que eu vou contratar um ex-presidente da República para confiscar a aposentadoria dos aposentados. Agora fizeram uma para ultraar todos os limites”, disse.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, rebateu e disse que o presidente “está sentindo o baque da fala criminosa”: “Para tentar se defender, Bolsonaro aumenta seus ataques mentirosos para cima de Lula e da nossa campanha. Fiquemos atentos”, escreveu no Twitter.

ACIONOU O TSE

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, acionou então o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda no domingo (16) contra o Partido dos Trabalhadores (PT). O presidente pediu que o partido removesse das redes sociais todos os vídeos sobre a polêmica entre Bolsonaro e adolescentes venezuelanas, e que fossem proibidas futuras postagens.

A defesa de Bolsonaro afirmou que a frase “faz parte do vocabulário recorrente, comum, ordinário” do presidente e que representa “nada mais nada menos que a expressão verbal, de cunho coloquial”. A campanha do presidente requereu, ainda, a retirada da inserção do trecho em propaganda eleitoral do PT, e afirmou que era necessário urgência no encaminhamento do pedido à presidência do TSE, que atua em regime de plantão no domingo. O TSE acatou.

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, determinou no domingo (16) que a campanha do ex-presidente retirasse das redes sociais publicações com o trecho da entrevista concedida por Bolsonaro. No texto, Moraes diz que houve divulgação de um fato “sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual”.

Bolsonaro agora diz que jovens eram trabalhadoras

No vídeo, o presidente Bolsonaro afirmou que as jovens venezuelanas eram trabalhadoras. Ele também disse que a primeira-dama Michelle, além de Maria Teresa Belandria e a ex-ministra Damares Alves, estiveram com as mulheres que aparecem na gravação.

“A dúvida e a preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas à época pela nossa ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras”, afirma Bolsonaro.