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Avanço da ômicron perde velocidade no Espírito Santo

Ainda é cedo para cravar uma tendência de estabilização da curva, no entanto, os sinais indicam que o auge da onda de contágio começa a ficar para trás

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Coronavírus. Foto: Reprodução

 

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A avalanche de novos casos da covid-19 causados pela variante ômicron começa a perder forças no Espírito Santo. Ainda é cedo para cravar uma tendência de estabilização da curva, no entanto, os sinais indicam que o auge da onda de contágio começa a ficar para trás. Pelos dados do covid da Secretaria da Saúde, o estado vive uma desaceleração, assim como já ocorre Acre, Goiás e Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro e no Amazonas, as infecções por coronavírus já começaram a cair.

A tendência da curva de casos provocados pela ômicron tem se repetido em vários países. Há uma forte elevação nos registros da doença no período de 30 a 45 dias depois do registro da primeira ocorrência de contaminação pela nova variante. Depois, os registros começam a cair fortemente. Isso ocorreu na África do Sul, onde a ômicron foi descoberta, e em outros locais, como Nova York. A França ou pelo mesmo quadro e desde ontem os ses já estão dispensados de usar máscaras em espaços abertos.

O Espírito Santo ainda não vive esse período de queda. Pode-se falar em desaceleração, mais ou menos como um automóvel em uma pista de alta velocidade: ele estava a 320 km/h e agora está a 260 km/h, com tendência de redução.

A onda

O estado enfrentou um tsunami de casos no mês de janeiro: 237.822 diagnósticos positivos – e esse número ainda pode aumentar, devido às amostras ainda não analisadas. Apenas na primeira semana epidemiológica deste ano, 10.675 contaminações foram confirmadas. Na semana seguinte, esse número subiu para 32.011. Na terceira foi uma explosão, que resultou em 77.563 infecções. Na última semana de janeiro, o estado atingiu o auge da curva de casos, com 99.295 testes positivos. Da primeira semana para a última se janeiro, houve um aumento de 830%.

A desaceleração

Como ainda é quinta-feira, e os dados da quinta semana epidemiológica deste ano ainda não foram fechados, comparamos com os primeiros dias da semana anterior – quando foi registrado o pico de casos no estado. Entre domingo e quinta-feira da semana ada, o Espírito Santo contabilizou 78.040 testes positivos. No mesmo período desta semana, foram registrados 41.994 infecções pela covid-19. O número ainda é alto, mas é bem inferior ao da semana ada.

A média móvel de casos confirmados também aponta um sinal de desaceleração da curva no estado. Nos últimos sete dias, foi observada uma variação de -37,56%. Na semana ada foram registrados em média 14.472 casos conhecidos por dia. Hoje, esse número caiu e está em 9.036. Em Vitória também foi observada redução na curva de casos conhecidos. Há sete dias, eram contabilizados 918 testes positivos por dia. Nesta quinta-feira, esse número caiu em 40,69%. Agora a média é de 544 contaminações diárias.

Esse cenário já havia sido previsto pela Secretaria da Saúde. Ainda nesta semana, durante coletiva, o secretário Nésio Fernandes chegou a prever a queda dos casos conhecidos para a segunda semana de fevereiro. Entretanto, ainda não é hora de baixar a guarda. Porque, se a previsão do secretário estiver certa, temos cerca de duas semanas difíceis pela frente antes do número de casos descer.

Na contramão dessa desaceleração está o número de óbitos, que começou a subir na semana ada. A média móvel de mortes dos últimos 14 dias apresentou um aumento de 168,57%. Nesse período o salto foi de 5 óbitos por dia para 13,43. Na capital, esse crescimento foi de 214,29%. Há 14 dias eram registradas 0,50 vidas perdidas. Hoje esse número subiu para 1,57.