Política
Vereadora expõe bandeira do PT e é hostilizada por colegas durante sessão na Câmara de Vitória
Karla Coser discursava sobre os 41 anos do seu partido e foi interrompida por vereadores que questionaram a presença do objeto na tribuna da casa de leis

Karla Coser durante fala na Câmara de Vitória nesta quarta-feira. Foto: Ascom/Câmara de Vitória
A vereadora de Vitória Karla Coser (PT) foi hostilizada por colegas durante sessão da Câmara, na manhã desta quarta-feira (10), ao expor a bandeira do Partido dos Trabalhadores na tribuna, enquanto fazia um discurso sobre o aniversário de 41 anos da sigla.
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Antes mesmo de começar o discurso, o vereador Denninho Silva (Cidadania) interrompeu a fala da vereadora e questionou o presidente da Casa, Davi Esmael (PSD), se o uso da bandeira era permitido, pedindo punição caso não fosse. Esmael respondeu que iria consultar o regimento.
Na tribuna, Karla justificou a presença do objeto e disse que não teria problema em tirar. “Como outras bandeiras já foram expostas aqui imaginei que não teria problema”, disse aos vereadores.
Após a vereadora Karla iniciar sua fala, o vereador Leandro Piquet (Republicanos) pediu licença e apresentou o artigo 31, parágrafo 6º, da lei orgânica que veta a presença de bandeiras de partido. A partir da informação, a bandeira foi retirada da tribuna e o tempo de fala de Karla foi retomado a pedido de Piquet. A mesa diretora da Câmara não considerou uma quebra de decoro porque a vereadora respeitou o regimento.
Karla reiniciou seu discurso, com a bandeira no ombro, e momentos depois foi interrompida novamente, desta vez pelo vereador Gilvan da Federal (Patriota), que pediu a retirada do objeto pelo mesmo artigo citado anteriormente pelo colega. Desta vez, o presidente Davi Esmael manteve a fala da vereadora e justificou que não estava aparecendo a sigla.
Depois de encerrada a sessão, a vereadora Karla Coser se manifestou e considerou as interrupções à sua fala feita por dois vereadores agressivas e indecorosas.
“Eu não vou tolerar agressões ao meu mandato e à minha pessoa. Eu não terei minha fala interrompida da forma como foi. Estamos aqui eleitos para debater os temas pertinentes à cidade e à sociedade de forma geral. Não houve promoção do partido do qual faço parte; estava contando, pela ótica do PT, a história do nosso país, nada que justificasse a reação dos vereadores”, afirmou.
Questionada se vai tomar alguma outra atitude a respeito da sessão desta quarta, ela informou que o posicionamento foi feito em plenário para que o tratamento seja igual para todos os vereadores. E informou que o departamento jurídico está analisando se há viabilidade de algum recurso.
O vereador Gilvan da Federal foi procurado pela reportagem do Portal ES 360, mas se manifestou por vídeo, em que justifica que “o PT não tem que comemorar nada, deve é um pedido de desculpa à nossa nação por ter cometido tantos crimes”. O vereador Denninho também foi procurado, mas ainda não deu retorno.
