Política
Bolsonaro tem prerrogativa para nomear militares, diz Pacheco
Nesta sexta-feira, 19, Jair Bolsonaro anunciou sua intenção de tirar Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras
“Não posso recriminar isso, dizer que há um movimento de militarização, mas sim de escolha de pessoas que possam exercer esses papéis. Temos que compreender e colaborar para que dê certo. Evidentemente, se houver posição A ou B que não esteja desenvolvendo adequadamente, o Congresso tem seus instrumentos de influência política para fazer substituição necessária para o bem do Brasil.”
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O presidente do Senado participou neste sábado, 20, de live promovida pelo Grupo Prerrogativas. O tema do debate virtual foi “Sob nova direção: os desafios do Poder Legislativo”.
O senador também disse que, apesar das falas de AI-5 ou de invocação de ditadura, não vê ameaças à democracia brasileira, mas, que se houver algum mínimo risco, o Congresso reagirá “à altura e com a severidade necessária”. Ele falava da crise política causada por vídeo gravado pelo deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) na última terça-feira, 16, no qual atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez apologia ao Ato Institucional nº 5, o mais repressivo da ditadura militar.
Sem fazer nenhuma referência, Pacheco afirmou, porém, que seria melhor que essas falas não fossem ditas, porque é importante a compreensão de que o Estado Democrático de Direito existe e que é o melhor “para forjar a ordem e progresso”.
Silveira foi preso em flagrante por crime inafiançável por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Sua prisão foi confirmada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
O senador ainda disse que tem pregado a pacificação entre os Poderes, que significa o respeito ao papel institucional de cada um, afirmou ele. “Talvez a relação com mais amor entre as instituições e Poderes possa ser algo positivo para poder pacificar o Brasil, tenho pregado muito essa pacificação em um momento em que o País precisa muito. Significa o respeito ao papel de cada um, sem interferências”, afirmou. “Com o respeito recíproco entre os poderes e ao papel institucional de cada um, certamente vamos ter evolução”, completou.
