fbpx

País

Teste rápido de saliva feito em casa será lançado nesta terça na Grande São Paulo

Parceria de hospital com laboratório, ele é fácil de colher e capacidade de produção é de até 110 mil por dia. Resultado fica pronto em 24h

Publicado

em

Desenvolvido inicialmente para uso em empresas e hospitais, um teste para o novo coronavírus por meio da saliva, que pode ser feito em casa, será lançado nesta terça-feira, 27, e estará disponível na capital e em algumas cidades da Grande São Paulo. O exame custa R$ 169 e o resultado, que pode ser ado pela internet, fica pronto em 24 horas.

Teste para covid-19 que pode ser feito em casa estará disponível na capital e em algumas cidades da Grande São Paulo. Foto: Reprodução/Meudna.com

Teste para covid-19 que pode ser feito em casa estará disponível na capital e em algumas cidades da Grande São Paulo. Foto: Reprodução/Meudna.com

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

O teste meuDNA Covid, voltado para detectar o vírus em sua fase ativa, apresenta-se como uma opção em um momento da pandemia em que pessoas retomaram suas atividades e podem precisar fazer o exame mais de uma vez. A amostra é colhida pela própria pessoa por meio de um kit comprado pela internet.

Ele é fruto de uma parceria do laboratório Mendelics com o Hospital Sírio-Libanês. O laboratório tem a capacidade de realizar 110 mil testes por dia. “A gente está vendo o que está ocorrendo nos outros países, que saíram do primeiro pico e veio um segundo. Enquanto não tiver uma vacina, tem de se preparar para esse ciclo. O risco de ar adiante sem querer e saber é significativo. Ter um teste ível, fácil de colher, prático, contribui muito para reduzir o risco”, diz David Schlesinger, CEO da healthtech meuDNA e da Mendelics.

Schlesinger explica que o teste se junta às medidas de prevenção à covid-19, como o distanciamento e o uso de máscara, e vem como uma opção ao RT-PCR, considerado padrão ouro para detecção do vírus, mas que é mais invasivo e mais caro – podendo chegar a R$ 470.

O exame usa o método PCR-Lamp (sigla em inglês de amplificação isotérmica mediada por loop), que identifica o RNA do vírus nas células da pessoa infectada. Segundo Cesário Martins, diretor da healthtech meuDNA, os testes são similares. “Ele responde se está infectado no momento, técnica semelhante ao PCR, e tem a mesma especificidade, de 99%, e sensibilidade, de 80%.”

Martins conta que toda a operação foi pensada para que a pessoa possa fazer o teste sem necessidade de deslocamento. “O kit chega em casa e o nosso app chama o coletor que vai levar ao laboratório. Dependendo do horário em que a pessoa solicitar, vai recebê-lo no mesmo dia ou no dia seguinte.”

Fruto de uma parceria do laboratório Mendelics com o Hospital Sírio-Libanês, o teste contém uma amostra colhida pela própria pessoa por meio de um kit comprado pela internet. Foto: Reprodução/Meudna.com

Fruto de uma parceria do laboratório Mendelics com o Hospital Sírio-Libanês, o teste contém uma amostra colhida pela própria pessoa por meio de um kit comprado pela internet. Foto: Reprodução/Meudna.com

Além da capital, o teste estará disponível para as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano, Diadema, Osasco e Guarulhos.

Método

O método RT-Lamp também está sendo utilizado em um teste desenvolvido por pesquisadores do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), e já está sendo usado por funcionários. Deve ser oferecido para a comunidade externa a partir do próximo mês. Os preços ainda não foram definidos. Até 50 testes podem ser realizados por dia.

Como funciona

O kit deve ser comprado pela internet, no site MeuDNA. Assim que receber o kit em casa, registro o código dele no próprio site. Após a ativação do kit, escove os dentes e fique cinco minutos em jejum (a pessoa não deve comer, nem beber água, nem fumar). Faça a coleta de 5 ml de saliva no tubo estéril que acompanha o kit, feche e embale o material. Agente pelo site a retirada da amostra que será feita na sua casa. O resultado chega por email em até 24 horas.

“É importante ter uma opção com custo mais baixo e o mais simples, porque é um teste que as pessoas vão ter de repetir várias vezes”, diz Maria Rita os-Bueno, professora titular do Instituto de Biociências e pesquisadora do centro. A pesquisa está sendo realizada com apoio da Fapesp e da JBS.

Testes com saliva têm sido desenvolvidos no Brasil e em outros países, como os Estados Unidos. O da Universidade Federal de Goiás (UFG) já está em fase final. Até agosto, a Food and Drugs istration (FDA), agência regulatória de medicamentos e alimentos americana, já tinha autorizado o desenvolvimento de cinco testes que utilizavam saliva como amostra para o teste.