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PF abre inquérito para investigar ataque hacker que travou 12 mil processos do STJ

Uma eventual relação da invasão com outros dois sistemas oficiais atingidos, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Economia do Distrito Federal, também está sendo investigada

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A Polícia Federal informou nesta quinta-feira, 5, que instaurou inquérito policial para apurar a invasão dos computadores do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ataque hacker bloqueou a base de dados dos processos em andamento na Corte e paralisou os trabalhos até a próxima semana.

Segundo a PF, peritos já começaram o trabalho para analisar a extensão do ataque cibernético, identificar os invasores e definir de que forma poderão contornar os danos. Uma eventual relação da invasão com outros dois sistemas oficiais atingidos, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Economia do Distrito Federal, também está sendo investigada.

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“As diligências iniciais da investigação já foram adotadas, inclusive, com a participação de peritos da instituição. Eventuais fatos correlatos poderão ser apurados na mesma investigação, que está em andamento na Superintendência Regional da Policia Federal no Distrito Federal”, informou, em nota, a corporação.

A investigação foi aberta a pedido do presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins. Também partiu dele a resolução suspendendo as atividades da Corte até o próximo dia 9. Desde então, os ministros e assessores da Corte estão impedidos até mesmo de utilizar seus e-mails e fazer qualquer movimentação digital nos processos até segunda ordem. Apenas processos urgentes, como habeas corpus e mandados de segurança, estão sendo analisados manualmente.

Para o professor Luiz Augusto D’Urso, advogado especialista em crimes virtuais, o episódio reforça a ‘necessidade de se repensar a segurança digital no Brasil’.

“Neste caso, segundo o que se apurou até agora, após a invasão, o criminoso criptografou as informações no servidor, e ou a exigir o pagamento de elevada quantia para a devolução do o a estas informações, cometendo o crime de extorsão na internet. Este episódio é um dos ataques mais graves na história de nosso país, em razão da importância e da quantidade de informações que podem ser perdidas”, afirma.