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Trump ameaça cortar financiamento dos EUA à OMS permanentemente

Presidente americano já havia acusado a entidade de ser ‘uma marionete da China’; União Europeia manifestou apoio à organização

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou cortar permanentemente a verba enviada à Organização Mundial da Saúde (OMS) e disse que os EUA podem “reconsiderar” sua condição de membro da entidade. Ele publicou em sua conta no Twitter uma carta ao diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, na qual afirma que investigação do governo americano confirmou a “alarmante falta de independência entre OMS e China”.

Na mensagem, Trump afirma que se a OMS “não se comprometer com melhoras substanciais nos próximos 30 dias, eu tornarei o congelamento do financiamento dos Estados Unidos à OMC permanente e reconsiderarei nossa filiação à organização”.

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Trump anunciou no dia 14 de abril que estava orientando o governo americano a interromper o financiamento do país para a OMS. “Interromperemos o financiamento enquanto uma revisão é conduzida”, disse ele na ocasião, acusando a entidade de ser “sinocentrista”.

União Europeia apoia a OMS

Nesta terça-feira, 19, após a ameaça de Trump, a União Europeia manifestou apoio à OMS. A porta-voz da diplomacia europeia, Virginie Battu, defendeu que o momento pede solidariedade.

“É hora de solidariedade, não de apontar o dedo, ou minar a cooperação multilateral (…) A UE apoia os esforços da OMS”, disse Battu, que ainda reforçou a importância da cooperação internacional para superar a crise: “Os esforços multilaterais são a única opção eficaz e viável para vencer esta batalha.”

Segundo a diplomata, a atuação da OMS em resposta à pandemia será estudada e avaliada “quando for a hora certa”.

‘Marionete da China’

Mais cedo, o presidente americano acusou a OMS de ser “uma marionete da China”, reiterando as críticas sobre a gestão da agência da ONU na pandemia do novo coronavírus. “Não estou contente com a Organização Mundial da Saúde”, declarou, na Casa Branca.

Trump afirmou que os Estados Unidos pagam cerca de US$ 450 milhões anualmente à OMS, a maior contribuição feita por um país. Há planos de cortar esta cifra, segundo o presidente, porque os EUA não seriam “tratados direito” pela organização. “Eles nos deram um monte de maus conselhos”, afirmou.

As declarações do presidente ocorrem no dia em que a OMS celebrou sua primeira assembleia anual desde que a pandemia varreu o mundo, após emergir na China, causando grandes abalos econômicos e matando mais de 318 mil pessoas – um terço delas nos Estados Unidos.

OMS diz que terá ‘mais clareza’ e reação à carta ao longo do dia

A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Fadéla Chaib, afirmou que viu a carta do presidente dos EUA, Donald Trump, mas disse ainda “não ter uma reação”. “Tenho certeza que ao longo do dia teremos mais clareza e uma reação a essa carta”, disse a porta-voz, em sua conta oficial no Twitter. Em carta ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, também publicada na rede social, Trump disse ainda que os EUA podem “reconsiderar” sua condição de membro da entidade.

Estadão Conteúdo