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Secretário defende antecipação da 2ª dose da AstraZeneca

Após notificação do Ministério Público, Nésio Fernandes disse que Plano Nacional de Imunizações não obriga aplicação rígida com 12 semanas

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Secretário da Saúde atualiza a situação do novo coronavírus no Espírito Santo. Foto: Divulgação/Sesa

Secretário da Saúde, Nésio Fernandes. Foto: Divulgação/Sesa

 

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Após notificação do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), na segunda-feira (28) , para que a secretaria de Estado da Saúde não oriente os gestores municipais a anteciparem a aplicação da segunda dose da vacina da AstraZeneca, o secretário Nésio Fernandes usou uma rede social para elencar uma série de motivos que mostram a importância da antecipação da D2 do imunizante.

O secretário também rebateu o argumento do MPES de que aplicar a segunda dose do imunizante contraria as orientações técnicas do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19.  “A antecipação da D2 para intervalos mais curtos (8 semanas) já é pauta de debate dentro da @fiocruz. Não existem prejuízos à cobertura vacinal com a medida; ao contrário, temos vantagem de gestão e de ganho de eficácia. Outra questão importante a ser destacada é que o Plano NancionaI de Imunizações do Ministério da Saúde não obriga a aplicação rígida com 12 semanas de intervalo entre doses. A bula diz entre 4 e 12 semanas após a primeira injeção”, escreveu Nésio.

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Segundo o secretário,  a flexibilidade de aplicação da D2 entre 10 e 12 semanas ajudará a gestão municipal a garantir a aplicação do esquema completo em toda a população. “No Espírito Santo, teremos aproximadamente 820 mil doses de segunda dose da AstraZeneca para aplicar nos próximos 84 dias, período em que o sistema de saúde estará também avançando com a primeira aplicação em novos grupos etários/prioritários.  Com os dados disponíveis às 22h do dia 28/07 no LocalizaSUS, até o dia 28 de junho o Espírito Santo possuía 90.583 pessoas aptas a receberem a D2 da AstraZeneca, na mesma data 89.499 já receberam a segunda dose. Amanhã, dia 29, devemos ter equivalência de doses D1/D2.”

Nésio argumenta em suas publicações que, “sem a antecipação proposta pelo estado, estaríamos vivendo um momento de estocagem de vacinas, podendo ter completado o esquema vacinal de milhares de pessoas aptas pela bula e pelo PNI. Outro elemento importante é que aplicação da D2 no limite máximo de 12 semanas aumenta a chance de atraso superior ao da bula para completude do esquema vacinal. A antecipação de duas semanas é razoável e torna-se medida sanitária equilibrada para a gestão do plano de imunização contra a covid-19”.

O secretário completa dizendo que, além das questões apresentadas, a antecipação da segunda dose da AstraZeneca tem sido adotada em diversos países como medida de antecipação dos benefícios do esquema vacinal completo diante da circulação de novas variantes de preocupação.

Na segunda-feira,  durante a coletiva, o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Luiz Carlos Reblin, também comentou que a decisão de antecipar o prazo de aplicação da segunda dose do imunizante é porque as vacinas já estavam em território capixaba. “Antecipamos a vacinação da AstraZeneca porque já estava aqui. Não fazia sentido, já que a indicação se enquadrava dentro do prazo de aplicação da vacina. Então não tem sentido guardar as doses que vão ser aplicadas nessas pessoas algumas semanas depois. É perfeitamente adequado e ajuda a criar uma imunidade coletiva mais ampliada vacinando essa quantidade de pessoas mais rapidamente”, disse.

A Secretaria de Estado da Saúde autorizou no dia 22 de junho todos os municípios a anteciparem em 14 dias a aplicação da segunda dose da vacina da AstraZeneca. Com a decisão, a dose de reforço ará a ser aplicada após 70 dias da primeira imunização e não com 84 dias. A decisão foi tomada após o recebimento de mais de 150 mil doses da vacina da AstraZeneca no dia 19 deste mês.