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Imunologista explica qual é o risco de receber vacina vencida

Lote de imunizantes da AstraZeneca com validade expirada foi aplicado em 159 pessoas no ES

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Vacina contra a covid-19. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Vacina contra a covid-19. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O imunologista e professor do Núcleo de Doenças Infecciosas da Ufes, Daniel Gomes, explica que, em relação à segurança, quem recebe uma dose de vacina vencida não vai ter nenhum efeito colateral além dos que já são comuns após a imunização, como febre, dor-de-cabeça e no corpo, e inchaço no local da aplicação.

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O problema está na proteção. “Pode ser reduzida ou mesmo não apresentar efeito nenhum. O que é um perigo, porque as pessoas podem descuidar dos procedimentos de segurança contra a covid, achando que estão protegidas”, explica o imunologista.

Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (02) revela que milhares de pessoas receberam doses vencidas da vacina AstraZeneca no país. Pelo menos 159 foram no Espírito Santo.

Segundo o jornal, até o dia 19 de junho, os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 19 pontos de vacinação em nove municípios capixabas.

Segundo o imunologista, a validade das vacinas pode ser estendida após análises de testes de estabilização realizados pelos fabricantes, antes do uso. “Mas a gente ainda não sabe se será feita uma avaliação sobre se é possível revalidar a vacina após a aplicação”, diz Gomes.

Até que haja uma definição, o imunologista afirma que a recomendação é que a pessoa tome outra dose da vacina. “Só assim há garantia de proteção contra o coronavírus”, explica.

Validade das vacinas

A validade das vacinas contra Covid-19 depende da tecnologia e dos insumos utilizados no desenvolvimento do imunizante, informações que integram os dados analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para regulação dos imunizantes usados no país.

A AstraZeneca e a Pfizer duram até seis meses. Já a Janssen, com validade original definida em três meses, agora pode ficar armazenada por até quatro meses e meio. A Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, tem duração de um ano.