fbpx

Dinheiro

Mulheres recebem 20,5% menos que homens no Espírito Santo

O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos foi de R$ 2.263 em 2020. Só que o rendimento das mulheres foi de R$ 1.967

Publicado

em

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as mulheres receberam 20,5% a menos que os homens no Espírito Santo em 2020. O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos foi de R$ 2.263 em 2020. Só que o rendimento das mulheres foi de R$ 1.967, 20,5% menor que o dos homens (R$ 2.475).

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Apesar da diferença ainda existir, ela já foi maior. De acordo com informações da PNAD Contínua do IBGE, em 2012, o rendimento do trabalho das mulheres era 29,9% menor que o dos homens.

Outra questão apontada pelo estudo é que o rendimento médio mensal proveniente do trabalho de pessoas brancas foi 68,8% maior que o de pessoas pretas.  O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.904) era maior que os rendimentos de pessoas pardas (R$ 1.877) e pretas (R$ 1.720). As pessoas de cor branca apresentaram rendimentos 28,3% superiores à média estadual (R$ 2.263), enquanto as pardas e pretas receberam rendimentos 17,1% e 24,0%, respectivamente, inferiores a essa média em 2020.

Na comparação direta, as pessoas de cor branca apresentaram rendimentos médios de todos os trabalhos 54,7% maiores que os das pessoas de cor parda e 68,8% maiores que os das
pessoas de cor preta. Em relação à escolaridade, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas com ensino fundamental completo foi de R$ 1.325. Já o rendimento médio das pessoas com ensino médio completo chegou a R$ 1.737, enquanto o daquelas com ensino superior completo alcançou R$ 4.618.

Em 2020, no Espírito Santo, o rendimento médio real de todas as fontes teve queda de 7,6% em relação ao ano anterior, atingindo o valor de R$ 2.135. Em relação ao valor de 2012 (R$ 2.066), houve aumento de 3,3%. O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) apresentou o valor de R$ 2.263 em 2020, tendo reduzido 1,6% em relação ao ano anterior.

Cai o percentual de pessoas com rendimento proveniente de trabalho

Em 2020, no Espírito Santo, o contingente de pessoas que tinham rendimento proveniente de trabalho correspondia a 43,0% da população residente (1,744 milhão), diante de 46,6% (1,716 milhão) em 2012. Houve diminuição do percentual de pessoas com rendimento de trabalho no período de 2012 a 2016. A partir de 2017, esse percentual aumentou, chegando a 47,1% em 2019, maior valor da série, e caindo em 2020.

Por outro lado, a PNAD apontou um aumento no percentual de pessoas com rendimento proveniente de outras fontes. Cerca de 27,5% dos residentes no Estado (1,117 milhão) apresentavam algum rendimento proveniente de outras fontes em 2020, o que representa um aumento de 21,6% em relação ao ano anterior. Em 2012, essa proporção era de 20,4% (752 mil).

Dentre os componentes dos rendimentos de outras fontes, destaca-se a categoria de outros rendimentos (seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo,
rendimentos de poupança etc.), recebida por 14,0% da população residente no Espírito Santo em 2020. Nas demais categorias, os percentuais da população com rendimento naquele ano
foram: 12,0% (aposentadoria ou pensão); 1,5% (aluguel e arrendamento); e 1,4% (pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador).

Um décimo da população concentra 38,6% da massa do rendimento médio mensal

A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 5,782 bilhões em 2019, alcançou R$ 5,371 bilhões em 2020. Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 1,3% da massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos concentravam 38,6% da massa. Além disso, observou-se que este último grupo detinha uma parcela da massa de rendimento superior à dos 70% da população com os menores rendimentos (35,1%).