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IPCA tem primeira deflação após 10 meses

Os principais responsáveis são os preços dos combustíveis e alimentos. A informação foi divulgada pelo IBGE na manhã desta terça-feira (11)

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Foto: Freepik

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador de inflação do país, apontou uma deflação em junho, a primeira após uma sequência de dez meses, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. O índice recuou 0,08%, após registrar uma alta de 0,23% em maio. Essa deflação é a mais acentuada para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%.

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Esta reversão ocorre principalmente devido à desaceleração dos preços dos combustíveis e alimentos. O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, já havia sinalizado esta tendência ao se aproximar de zero em junho, registrando um crescimento de apenas 0,04%, significativamente abaixo da taxa observada em maio de 0,51%.

Este cenário corrobora as recentes projeções do mercado financeiro, que vem revisando para baixo as estimativas de inflação para este ano. Atualmente, a expectativa é de que o IPCA encerre o ano com um aumento de 4,95%, valor que se aproxima do teto da meta de inflação estabelecida para 2023, de 4,75%. Há uma semana, a projeção era de 4,98%, enquanto um mês atrás, a estimativa era de uma alta de 5,42% para o ano.

A perspectiva de alívio na inflação pode trazer um respiro para a economia e contribuir para a manutenção do poder de compra do consumidor, especialmente em um contexto em que a recuperação econômica ainda é um desafio devido aos efeitos da pandemia. Contudo, é crucial acompanhar os próximos meses para entender se essa tendência de desaceleração se sustenta ou se trata de um evento isolado.