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Indústria cai 15,7% no ES, mas a arrecadação cresce

Produção de minério, petróleo e celulose puxaram retração; desempenho de outros setores foi positivo, afirma Federação das Indústrias

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Previsão é de que a Vale aumente a produção neste ano. Foto: Fabio Vicentini

Previsão é de que a Vale aumente a produção neste ano. Foto: Fabio Vicentini

A queda na produção de minério, de petróleo e de celulose levaram a indústria do Espírito Santo a registrar a maior retração do país em 2019, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta terça-feira (11). No acumulado de 12 meses, o recuo foi de 15,7%. A segunda maior queda foi de Minas Gerais: 5,6% no mesmo período. Apesar disso, a Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo) explica que houve crescimento na arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Bens e Mercadorias) pela indústria capixaba e saldo positivo no número de empregos no setor.

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O presidente da Findes, Léo de Castro, destaca que a indústria e a energia elétrica respondem por 29% do ICMS arrecadado no estado. “O IBGE mede a produção de cinco grupos industriais, mas quando se olha indústria como um todo, ela continua crescendo. Foram quase três mil novas vagas em 2019 e aumento de 3% na arrecadação do ICMS”, apontou.

Entre os setores com melhora no desempenho e cujas produções não são medidas pelo IBGE estão borracha, madeira e material elétrico.

A indústria extrativa apresentou queda de 21,1%, reflexo do acidente de Brumadinho (MG), ocorrido em janeiro de 2019, que impactou a Vale no estado, e de queda na produção de petróleo.

O setor de celulose recuou 35,8%, devido à queda de demanda pelo mercado internacional e à lentidão nos processos de licenciamento para plantio de novas florestas da Suzano no Espírito Santo. O setor de minerais não-metálicos foi o único que cresceu (10,2%), puxado pelo cimento e pelas rochas.

Cenário em 2020

Léo de Castro afirma que as perspectivas para este ano são positivas diante da previsão de aprovação de novas reformas, como a tributária e das privatizações e concessões, incluindo a BR-262 e a Codesa, no estado.

“Temos também a retomada da Samarco, neste ano, e uma previsão de aumento de produção da Vale”, diz.

Entre os investimentos previstos para os próximos anos, destaca a construção do porto da Imetame, em Aracruz; a instalação de uma fábrica de eletrodomésticos da Britânia e de uma fábrica de de café solúvel da Cacique, ambas em Linhares, e a construção de uma fábrica de papel da Suzano, em Cachoeiro de Itapemirim.