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Dinheiro

Dólar abre em alta; moeda permanece próxima de R$ 5,20

Câmbio pode ficar volátil, entre a valorização do dólar no exterior e notícias locais que podem animar os investidores

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O dólar abriu as negociações em alta nesta quarta-feira, 24, atingindo a cotação de R$ 5,1889 poucos minutos após a abertura. Segundo o jornal Estadão, a moeda volta a se aproximar do patamar de R$ 5,20 após acumular perdas de 4,1% desde semana ada.

O câmbio pode ficar volátil ao longo do dia por causa a valorização do dólar no exterior ante divisas ligadas a commodities e notícias locais que podem animar os investidores.

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Cenário local

Deve ser bem recebida pelos investidores a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de arquivar uma ação que investigava a chapa Bolsonaro-Mourão por suposto abuso de poder econômico envolvendo a veiculação de 179 outdoors em 25 Estados brasileiros a favor do então candidato do PSL ao Palácio do Planalto.

Na agenda, há expectativas de aprovação no Senado, com folga, do novo marco regulatório do saneamento básico, que pode atrair capital estrangeiro ao Brasil, e que os dados das transações correntes do país podem ter o terceiro mês consecutivo de superávit em maio assim como o Investimento Direto no País (IDP) pode se manter positivo. O investidor também pode reagir ao segundo pacote para estimular o crédito, anunciado pelo Banco Central ontem, com potencial de injetar R$ 272 bilhões na área de crédito, mas a cifra pode ser ainda maior uma vez que o BC também apresentou as regras para que possa começar a comprar ativos de empresas no mercado secundário. Essa entrada no mercado secundário reduz as expectativas em relação a um corte de juro no Copom de agosto ou reforça a tese de um corte menor da Selic.

Além disso, fica no radar a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial. A equipe econômica avalia a possibilidade de pagar mais três parcelas em valores decrescentes, de R$ 500 em julho, R$ 400 em agosto e R$ 300 em setembro. A outra proposta seria um pagamento de R$ 300 por mais dois meses, o que seria mais econômico do ponto de vista fiscal.

Mercados internacionais

Lá fora, as bolsas e o petróleo recuam em meio à informação de que o governo americano estuda a imposição de novas tarifas a US$ 3,1 bilhões em exportações da União Europeia (UE) e do Reino Unido. Há preocupações também com um novo avanço do coronavírus nos EUA e em partes da Alemanha e com a relação EUA-China. O jornal estatal chinês Global Times publicou ontem uma reportagem dizendo não pode ser desfeito o dano causado pela declaração do assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, falando em “nova Guerra Fria” entre os dois países.

Na terça, o dólar à vista terminou em baixa de 2,26%, cotado em R$ 5,1517, acompanhando o dólar fraco no exterior. O dólar futuro para julho fechou em queda de 1,91%, em R$ 5,1540.