Comércio autônomo em condomínios e empresas chega ao Espírito Santo

O mercado não possui funcionários e processam os pagamentos via aplicativo, apostando na honestidade dos usuários. Foto: Divulgação

O comércio autônomo em condomínios residenciais e empresas, conceito já difundido no exterior e em alguns Estados brasileiros, desde o final do mês de maio já é uma realidade também da Grande Vitória. Em funcionamento em oito condomínios e duas empresas de Vitória e Vila Velha, os mercados da Market4u comercializam cerca de 400 itens de alimentação, limpeza e bebidas com preços equivalentes aos dos supermercados, funcionam 24 horas por dia, não possuem funcionários e processam os pagamentos via aplicativo (app), apostando na honestidade de usuários previamente cadastrados.

O mercado, totalmente adaptável, é montado em espaços diversos, sendo necessária somente uma área que possua pelo menos uma parede linear de 4 metros de comprimento. Normalmente, conta com duas gôndolas, um freezer horizontal para sorvetes, outro vertical para bebidas não alcoólicas, manteiga, margarina, queijos e presuntos, e display de salgadinhos. Conforme autorização do condomínio ou da empresa, pode ter também uma adega ou um freezer para bebidas alcoólicas que só são destravados por usuários maiores de 18 anos.

De acordo com os empreendedores da Market4u, Roberto Prado, Eduardo Ramos e Thiago Quio, condomínios a partir de 80 apartamentos e empresas com mais de 50 empregados podem receber o mercado, caso estejam localizadas nos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica ou Serra, raio de atuação da empresa neste primeiro momento, e atendam aos critérios de viabilidade técnica e comercial.

“O condomínio ou a empresa não arca com nenhum custo referente aos equipamentos instalados, somente precisa providenciar as devidas autorizações em assembleias de moradores, quando necessário, e adequar o espaço, disponibilizando tomadas, iluminação e o à internet”, comenta Thiago.

A dinâmica de compra, segundo Roberto, é simples, ágil e de fácil aprendizado. Cada usuário cadastrado pode visualizar via app os produtos disponíveis no mercado com seus respectivos preços, que sempre serão equivalentes aos praticados em supermercados. “Fazemos intensa negociação com as indústrias para levar valores justos e competitivos aos usuários. Não queremos cobrar a mais pela conveniência, mas oferecer um benefício real de ter um mercado em casa ou na empresa”, explica.

Escolhido o item no mercado, basta selecioná-lo diretamente no app ou escanear/digitar o seu código de barra, e autorizar o pagamento, que pode ser feito via Pix, Piay, cartão de crédito, vale-refeição ou vale-alimentação. A reposição dos itens em cada mercado da Market4u é feita duas vezes por semana.

Com investimento próprio de R$ 250 mil, os sócios da Market4u, todos entusiastas da tecnologia, planejam abrir até o final deste ano cem unidades e gerar cerca de dez empregos. Os es Roberto e Eduardo são catarinenses e o tecnólogo em Redes de Computadores Thiago é paulista. Os três escolheram morar e empreender no Espírito Santo. Mais informações em www.market4ues.net.br e [email protected].

Experiências aprovadas

Alguns dos moradores de edifícios que já possuem mercados da Market4u contam que a experiência tem agradado. De acordo com a síndica dos prédios Orquídea e Bromélia, localizados na Praia do Suá, em Vitória, a empresária Raquel Manga Brandão, o mercado, além de facilitar as compras do dia a dia, também virou um centro de convivência, pois alguns moradores têm se reunido lá para compartilhar um vinho, uma cerveja, ou tomar um sorvete. “Não temos muito comércio em volta. Apesar de contarmos com muitos moradores idosos, eles aprenderam a usar e estão satisfeitos”, comenta.

Já o advogado e síndico Rodrigo Cassib de Oliveira, que istra o edifício Ilha das Antilhas, localizado na Praia de Itaparica, observa que, além da facilidade de o a produtos com um preço justo, o Market4u agregou valor ao prédio. “Alguns corretores de imóveis, antes de mostrarem as unidades aos interessados, os trazem ao mercado, pois ele tornou-se um diferencial do condomínio. Já sei de construtoras que já estão incluindo esse tipo de espaço em seus próximos projetos”, revela Rodrigo.