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Dia a dia

Voluntários se unem durante a pandemia para distribuir máscaras em Vitória

Além de contribuir com o enfrentamento ao novo coronavírus, os voluntários também experimentaram os benefícios que ações de solidariedade proporcionam

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Grupo produz máscaras receitas para distribuir a moradores mais carentes de Vitória. Foto: Semus/Divulgação

Grupo produz máscaras receitas para distribuir a moradores mais carentes de Vitória. Foto: Semus/Divulgação

Eles se uniram pela tecnologia e deram as mãos virtualmente para combater o novo coronavírus através da solidariedade. Assim, cerca de 30 pessoas se uniram para costurar máscaras e distribuí-las para pessoas em comunidades carentes de Vitória, criando o projeto “Mãos que Protegem”.

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Em dois meses, o grupo já produziu e distribuiu mais de 6 mil máscaras e centenas de manuais explicando como utilizá-las e higienizá-las.

A ideia partiu da médica homeopata e referência técnica em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde de Vitória, Henriqueta Sacramento.

“A ideia surgiu logo depois que o prefeito Luciano Rezende trouxe a importância do uso da máscara e do movimento ‘Mascaras para todos’. Depois pensei nos nossos grupos das Hortas Comunitárias Urbanas, formados, principalmente, por pessoas idosas, que teriam que ficar em isolamento, o que seria muito ruim para a saúde mental. Então, para focarmos em algo bom e produtivo nesta pandemia, nos unimos e, em 2 semanas, já éramos mais de 15 pessoas, produzindo dezenas de máscaras”, conta Henriqueta.

Entre os bairros que receberam as máscaras, estão Fonte Grande, Piedade, Moscoso, Andorinhas, Consolação, Bairro da Penha, Bonfim, Ilha das Caieiras e Jesus de Nazareth.

Solidariedade

Além de contribuir com o enfrentamento ao novo coronavírus, os voluntários também experimentaram os benefícios que ações de solidariedade proporcionam.

É o que garante Sandra Dameceno, 47 anos, moradora de Bento Ferreira. Ela começou a fazer máscaras em TNT para distribuir para a população em situação de rua quando foi convidada a produzir peças de tecido para o projeto.

“Foi um desafio porque nunca havia costurado assim antes. E agora sinto muita gratidão por fazer parte desse projeto porque, quando estou produzindo máscaras, sinto que estou distribuindo amor e cuidado. Isso preenche meu coração e minha mente, e ainda mantenho meu corpo em atividade”.

Sandra conta com a ajuda das filhas para confecção das peças. Foto: Semus/Divulgação

Sandra conta com a ajuda das filhas para confecção das peças. Foto: Semus/Divulgação

Hoje, toda a família da Sandra participa da confecção das máscaras: o marido, Flávio, corta os tecidos à noite e as filhas a ajudam durante a costura durante o dia.

Outra voluntária que está costurando solidariedade e máscaras é Rita Suzuki, 60 anos. Ela conta que não costurava nada, apesar de ter uma máquina de costura em casa. Depois de fazer máscaras para a família, ela foi convidada para entrar no projeto.

“Descobri habilidades que nem conhecia e ajudo pessoas que nem conheço. Isso é incrível e muito gratificante. Nós não ficamos ociosos e ainda ganhamos a alegria de poder ajudar o próximo”, afirma

O bem-estar que o voluntariado proporciona sempre fez parte do projeto, segundo Henriqueta. “Esse sentimento de fazer o bem é muito terapêutico e protege as pessoas da sensação de impotência e de solidão que uma pandemia nessas proporções pode provocar. Assim, nós nos fortalecemos uns aos outros enquanto fazemos a diferença na nossa sociedade”, explica Henriqueta.

Como participar
Quem quiser fazer parte do projeto “Mãos que Protegem” basta entrar em contato com a médica Henriqueta Sacramento no e-mail [email protected] ou mandar uma mensagem para o celular 99979-4272.