Dia a dia
Rádio produzida por detentos é inaugurada em Vila Velha
A Rádio Black tem programação sobre educação, saúde, religiosidade e entretenimento

A Rádio Black é produzida por internos da Penitenciária Estadual de Vila Velha. Foto: Divulgação
Uma rádio produzida por internos do Complexo Prisional de Xuri, em Vila Velha. Essa é a Rádio Black inaugurada pela Secretaria estadual de Justiça (Sejus) durante a semana. A emissora, instalada na Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV3), faz parte de um projeto inovador de rádios internas, com foco na ressocialização e educação dos internos.
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Com uma programação diversificada e voltada para o público carcerário, a rádio oferece conteúdos sobre educação, saúde, religiosidade, rotina interna, música e entretenimento. Além de informar, a Rádio Black promove reflexão e cidadania, tornando-se um instrumento poderoso de integração dentro das unidades prisionais. Toda a programação é supervisionada pelos servidores, garantindo alinhamento com as necessidades e diretrizes da unidade.
A programação da Rádio Black foi elaborada para engajar os internos e promover bem-estar e vínculos afetivos. Entre os destaques, está o quadro Família em Foco, que transmite mensagens de áudio enviadas por familiares, fortalecendo a conexão emocional entre internos e seus entes queridos.
Outro espaço de grande relevância é o Momento Reflexão, dedicado à assistência religiosa com pregações e reflexões espirituais. Já o Black Gospel apresenta as melhores músicas gospel da atualidade, oferecendo inspiração e conforto.
Além disso, a rádio traz conteúdos educativos, orientações sobre saúde e prevenção de doenças, entrevistas com especialistas e curiosidades. Informações sobre esportes, campeonatos e histórias do futebol também estão na grade, garantindo uma programação ampla e atrativa.
De acordo com o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, a implantação de rádios no sistema prisional vai muito além da comunicação convencional. “O rádio é uma ferramenta poderosa de educação, ressocialização e integração. Ele permite transmitir mensagens importantes, oferecer programas educacionais e promover reflexões sobre cidadania e convivência. Além disso, aproxima os internos do mundo exterior com música e notícias, contribuindo para a humanização do ambiente carcerário e a melhoria da comunicação interna”, afirmou.
Atualmente, o Espírito Santo já conta com oito rádios funcionando nas unidades prisionais, e o objetivo é expandir o projeto para todas as 37 penitenciárias do estado.
A Rádio Black foi nomeada em homenagem ao servidor penitenciário Wenderson Graciano Corrêa, conhecido como Black, que há 15 anos atua no sistema prisional. “Esse reconhecimento não é só meu, mas de toda a equipe que sempre trabalhou com excelência. Estou honrado em ter meu nome eternizado dessa forma”, declarou emocionado.
O estúdio foi projetado com materiais reciclados e doados, e a construção foi realizada pelos próprios internos, utilizando madeira produzida na marcenaria da unidade.
