Dia a dia
Professor que amarrou aluno na cadeira em Vitória alega depressão
O caso ocorreu na última sexta-feira em uma escola de ensino integral em Tabuazeiro. O menino foi flagrado com os pés amarrados com uma fita pelo pai, quando foi buscá-lo na escola

Menino tem tornozelo amarrado em cadeira por professor. Foto: Divulgação
O professor de uma escola de ensino fundamental de Vitória, que foi acusado de amarrar, com uma fita, os tornozelos de um aluno de 12 anos em sala de aula na semana ada, alega estar ando por um momento de depressão. O caso ocorreu na última sexta-feira em uma escola de ensino integral em Tabuazeiro. O pai do aluno flagrou a cena quando foi buscá-lo. A prefeitura afastou o professor da sala de aula e encaminhou o caso para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.
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O advogado Ugo Fleming, que está representando o professor de Ciências, diz que ele já teve depressão há alguns anos e está ando por um novo quadro de depressão e ansiedade após enfrentar problemas familiares de saúde. Inclusive, o professor pediu afastamento há cerca de três meses, que teria sido negado pela prefeitura.

Fachada da EMEFTI Eunice Pereira Silveira. Foto: Leonardo Silveira/PMV
Na versão do professor, relatada pelo advogado, ele ou a fita pelo pé do aluno, que se recusava a sentar, mas justifica que ele facilmente poderia se soltar. ite ainda que pode ter se excedido na situação. Ele alega que não houve agressão física nem verbal. “Ele poderia enviar o aluno para a coordenação, mas quis conversar”, relata.
“Essa versão que foi ada de maus-tratos é muito violenta para a narrativa. O professor tem quase 25 anos de magistério, só na prefeitura ele tem 15 anos. Além de ser professor de sala de aula, ele atua em um projeto de protagonismo infantil como um professor acolhedor e desenvolve diálogo maior com os alunos”, conta.
O que diz a prefeitura
Segundo a Secretaria de Educação de Vitória, o estudante está recebendo apoio e sendo acompanhado por profissionais da Secretaria de Saúde (Semus) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). A secretaria acrescenta que uma equipe técnica esteve na escola e apura a denúncia. O profissional foi afastado por medida cautelar.
A Prefeitura de Vitória abriu um processo istrativo disciplinar (PAD) para investigar o fato e encaminhou um ofício sobre o ocorrido para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para investigação.
Sobre o pedido de afastamento do professor, a prefeitura informou que está apurando e “como ele está respondendo a PAD, a prefeitura só se manifestará nos autos para não comprometer o andamento e o direito à ampla defesa”.
Já a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será reada.
