Dia a dia
Processo para demissão de PM que atirou em jovem de Vitória já leva quase um ano
Cabo Frigini – que teria atirado em Weliton – e o soldado Victor Fagundes de Oliveira continuam trabalhando em serviços istrativos

Weliton da Silva Dias foi morto em ação da PM. Foto: Divulgação
O processo istrativo que pode resultar na demissão do policial militar Sandro Frigini – acusado ter atirado em Weliton da Silva Dias, 24 anos, no bairro São José, na região da Grande São Pedro, em Vitória, no dia 2 de abril de 2022 – é demorado e já leva quase um ano para ser concluído.
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O inquérito que apurava a morte do jovem foi concluído no dia 7 de junho do ano ado. A conclusão da Polícia Militar apontou indícios de crime de natureza militar e transgressão da disciplina. Desde então, o inquérito foi encaminhado à Justiça e foi instaurado procedimento istrativo para julgar a conduta disciplinar dos policiais.
Na última quinta-feira, 2 de março, a assessoria da Polícia Militar do Espírito Santo disse que o cabo Frigini – que teria atirado em Weliton – e o soldado Victor Fagundes de Oliveira continuam trabalhando em serviços istrativos. No entanto, o cabo Frigini responde a processo demissionário.
Em casos de crime militar, é feito um inquérito e, na sua conclusão, deve-se informar se há indício de crime ou de transgressão disciplinar. Todo inquérito é encaminhado ao Ministério Público, que analisa os documentos e decide se oferece a denúncia ao juiz da auditoria militar que, por sua vez, pode acatar a denúncia. Nesta situação, o PM a a ser considerado acusado do crime, sendo indiciado.
Paralelo a isso, a Corregedoria também abre um procedimento istrativo para apurar a conduta do policial e decidir se o servidor será punido. Essa punição pode ser desde a advertência, ando pela prisão istrativa até a pena máxima, que é a demissão. No entanto, esse processo pode demorar, uma vez que os advogados da defesa podem postergar o processo com recursos ou o militar em questão pode apresentar licença médica, essa última pode ser alongada por até um ano.
RELEMBRE
Weliton morreu após ser baleado durante uma ação da Polícia Militar. Além dele, outra pessoa também ficou ferida. Em um vídeo, captado por câmeras de segurança, foi possível ver o rapaz sozinho no chamado Beco da Sorte. O policial se aproximou e Weliton mostrou a cintura e colocou as duas mãos na cabeça. Foi neste momento que o policial atirou duas vezes contra o rapaz. Atingido por dois tiros no peito, o jovem chegou a ser socorrido e dar entrada no Pronto Atendimento de São Pedro. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
