Dia a dia
Negociação de reajuste das policias não avança
Governo se reuniu nesta quinta com policiais e bombeiros militares. Categoria entregou contraproposta, mas adiou a discussão porque governo não recebeu policiais civis
A reunião realizada nesta quinta-feira (13) para debater o reajuste no salário dos policiais militares terminou sem acordo. As categorias que representam os PMs apresentaram a contraproposta ao governo, mas adiaram a discussão porque os representantes de policiais civis e delegados não participaram da reunião.
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Segundo o representante da Frente Unificada de Valorização Salarial, tenente Emerson Luiz Santana, foi entregue ao governo um documento com a contraproposta da categoria. Eles querem 36% de aumento, divididos em 12% em três anos, a recomposição da inflação e a incorporação de uma escala especial de soldado a primeiro-tenente.
“Como não aceitaram a participação dos policiais civis, pedimos que a reunião fosse interrompida, pois sem a participação deles não teria como deliberarmos, visto que o estudos foram realizados em conjunto”, explica.
Está prevista uma reunião hoje, às 9h, do governo do estado com representantes dos delegados da Polícia Civil, que devem apresentar a mesma contraproposta.
O secretário de estado de Governo Tyago Hoffman justificou que a reunião era com as entidades militares e que o governo vai discutir em separado as questões específicas das polícias civis e militares.
A proposta do governo para as forças da segurança é reajuste de 7,5% ao ano, sendo 4% no meio do ano e 3,5% em dezembro nos próximos três anos, além da incorporação de uma escala especial de soldado a primeiro-tenente, o que representa mais 5% de aumento, conforme explicou. “Pedimos um tempo para avaliar a contraproposta e vamos definir em breve a data da reunião”, disse. A previsão inicial era do encontro ocorrer depois do Carnaval, mas pode ser adiantado para semana que vem.
A reportagem não conseguiu contato com representantes dos delegados da Polícia Civil.
Protesto
Antes da reunião, policiais civis e militares fizeram um protesto e interromperam vias próximas ao edifício Fábio Ruschi, onde se concentram algumas secretarias do estado, desde o início da tarde. O grupo se deslocou até a frente do Palácio da Fonte Grande para aguardar o encontro com representantes do governo do estado.
