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Mortes violentas crescem mais no ES do que no Brasil

As mortes violentas intencionais cresceram 12% no estado. Os dados são do Anuário Brasileiro da Segurança Pública

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Por mês, Congresso tem 100 projetos de segurança com ênfase no endurecimento penal. Foto: Pixabay

Por mês, Congresso tem 100 projetos de segurança com ênfase no endurecimento penal. Foto: Pixabay

As mortes violentas intencionais cresceram 12% no Espírito Santo de 2019 para 2020, índice três vezes maior do que o registrado no Brasil, que teve variação de 4%. É o que aponta o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (15).

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Além disso, o Espírito Santo teve a maior variação positiva do país em casos de latrocínio, roubo seguido de morte, e lesão corporal seguida de morte de um ano para outro. Os casos de latrocínio cresceram 48,3% no estado, enquanto o Brasil teve queda de 10,6%. Já no caso de lesões corporais seguidas de morte aram de 10 para 20, o dobro de um ano para outro.

Segundo a pesquisa, no total em 2019 foram registradas 1064 mortes violentas, enquanto em 2020 foram 1208 no Espírito Santo.

Considerando a violência contra as mulheres, os homicídios contra pessoas do sexo feminino tiveram aumento de 0,4% no estado, já os feminicídios tiveram queda de 26,6%. O número de medidas protetivas concedidas pela Justiça aumentou 13,7%, ando de 6834 para 7857 de 2019 para 2020.

Um dos indicadores que teve queda foi o de roubo, com redução de 28,5%, ando de 44.464 para 32.173. A maior redução foi nos roubos a pedestres, com queda de 38,4%. A estabelecimentos comerciais houve redução de 26% e a residências caíram 20%.

Para o professor do mestrado em Segurança Pública da UVV, Henrique Herkenhoff, um dos fatores relacionados ao crescimento das mortes violentas é a disponibilidade de armas de fogo. “Quando o cidadão médio compra regularmente armas, esse próprio cidadão pode vir por despreparo ou desequilíbrio vir a cometer algum crime. Também há casos de reação a assalto em que a vítima acaba morrendo”, explica.

O subsecretário de Estado da Segurança Pública, Guilherme Pacífico, ponderou que, em 2020, o cenário da pandemia desestabilizou todas as áreas como educação, emprego, economia e não foi diferente da Segurança Pública. “No início não tínhamos os EPIs necessários e com o tempo foram chegando, mas a pandemia impactou a segurança pública. Quando a gente observa os efeitos colaterais, com menos de postos de trabalho, tudo acaba se refletindo nos indicadores”, detalha.

Pacíficio pondera ainda que, de 2009 para 2019, o Espírito Santo saiu do 2º para 9º estado mais violento do país.