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Dia a dia

Governo do ES orienta médicos sobre quem vai e quem não vai para UTI

Documento orienta como deve ser a escolha do paciente que vai ser tratado em UTI

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Com a ocupação de leitos de UTI se mantendo acima de 90% e o aumento das vagas chegando no limite, a Secretaria de Saúde já ite o risco de colapso da rede hospitalar do estado. Diante deste quadro e no pior momento a pandemia no Espírito, o governo elaborou um “protocolo de contingência” para internações hospitalares por covid-19. O documento orienta os profissionais de saúde sobre como deve ser a escolha do paciente que vai ser tratado em leito de UTI. Na prática, o documento estabelece uma escolha a ser feita pelos médicos: quem deverá ou não seguir para a UTI. O protocolo determina, por exemplo, que pacientes portadores de doenças graves e em estado avançado não devam ser tratados em UTIs, porque terão menos chances de responder a tratamentos e também pela dificuldade de submetê-los a terapias intensivo. O objetivo é garantir leitos para pacientes que tenham mais condições de se recuperar das complicações causadas pela covid.

A reportagem do ES360 teve o ao documento, que classifica em três escalas os pacientes, considerando os com ausência de benefício aos de maior benefício ao ser tratado em uma UTI. Segundo o protocolo, não devem ser encaminhados para a UTI “pacientes com morte iminente,  com doença preexistente grave avançada com sinais de terminalidade e desejo prévio contrários a UTI e ventilação mecânica invasiva (VMI)”. Exemplo de pacientes que se enquadram nessa classificação são aqueles  com dano cerebral grave irreversível, disfunção de múltiplos órgãos e aqueles com câncer com metástase que não responde à quimioterapia.

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Já os pacientes que devem ser evitados de encaminhar às UTIs são os “criticamente doentes, mas com uma probabilidade reduzida de sobrevida pela doença de base ou natureza da sua doença aguda”. De acordo com o documento, pacientes nessa situação podem precisar de tratamento intensivo para aliviar uma doença aguda, mas podem não ser intubados ou reanimados. Nesse caso estão, por exemplo, pacientes com câncer com quadro infeccioso agudo, pacientes com tamponamento cardíaco ou pacientes com insuficiência renal aguda.

A orientação para internação em UTI para tratar a covid-19 é direcionada para os pacientes que estão em choque ou com instabilidade hemodinâmica. Entram na lista também os com insuficiência respiratória aguda necessitando e ventilatório, ou pacientes com insuficiência de outros órgãos.

Esses pacientes são considerados em quadro crítico sem limitações para intervenção, que necessitam de monitoramento intensivo do quadro (risco de parada cardiorrespiratória ou intubação). Também são elegíveis para terapia intensiva “os instáveis que necessitam de cuidados de terapia intensiva e monitoração que não pode ser provida fora de ambiente de UTI”. Usualmente esses tratamentos incluem e ventilatório e drogas vasoativas contínuas. Nesses pacientes não há limites em se iniciar ou introduzir terapêutica necessária.