fbpx

Dia a dia

Gasolina com novo padrão começa a valer nesta segunda-feira

A nova gasolina tem novidades em três aspectos: valor mínimo da massa específica, parâmetros de destilação, e fixação de limites para a octanagem RON

Publicado

em

Gasolina. Foto: Pixabay

 

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Produtores de combustíveis são obrigados a partir desta segunda-feira (3), a oferecer gasolina automotiva de melhor qualidade, menos nociva aos motores e ao meio ambiente. Com as mudanças, ela estará mais próxima do padrão europeu e do americano. Embora mais cara, a expectativa é que o consumo seja menor, compensando a alta no preço. A chegada do combustível se deve à Resolução nº 807/2020, publicada em janeiro, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A nova gasolina tem novidades em três aspectos: valor mínimo da massa específica, parâmetros de destilação, e fixação de limites para a octanagem RON. As mudanças resultam em melhor dirigibilidade, combate à adulteração e benefícios ao meio ambiente.

Ficou estabelecido o valor mínimo de massa específica (ME), de 715,0 kg/m³, que significa mais energia e menos consumo. E o valor mínimo para a temperatura de destilação em 50% (T50) para a gasolina A, de 77ºC. Os parâmetros de destilação afetam questões como desempenho do motor, dirigibilidade e aquecimento do propulsor.

Outro ponto é a fixação de limites para a octanagem RON (Research Octane Number), já presente nas especificações da gasolina de outros países. Existem dois parâmetros de octanagem – MON (Motor Octane Number) e RON. No Brasil, só era especificada a octanagem MON e o índice antidetonante (IAD), que é a média entre MON e RON. O valor mínimo de octanagem RON, para a gasolina comum, será 92, a partir de agora, e 93, a partir de 1º de janeiro de 2022. Já para a gasolina , será de 97, a partir desta segunda-feira.

No mercado

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado do Espírito Santo (Sindipostos-ES) frisou que os novos padrões estabelecidos para a gasolina devem ser seguidas pelos produtores e importadores. Ou seja, a partir desta segunda-feira, toda a gasolina produzida no país e importada deverá atender às novas especificações. Isso não significa que os postos já devem comercializá-la. As distribuidoras têm um prazo de 60 dias e os postos de 90 dias para se adaptarem e permitir o escoamento dos estoques adquiridos até o último domingo (2), que não atendam integralmente às novas características.

“Pode ser que nos postos de combustíveis você encontre as duas gasolinas ou até mesmo a mistura das duas. Dificilmente o consumidor vai conseguir definir qual é a gasolina nova e qual é a velha. A partir de 90 dias, todos os postos de combustível terá que comercializar somente a gasolina nova. O consumidor vai poder pedir no posto de combustível que faça um teste com a densidade. A pessoa vai mergulho o decímetro no recipiente com a gasolina, onde terá que ter uma densidade superior a 715,0 kg/m³, e então essa será a nova.”, esclareceu o secretário do Sindipostos-ES, Adair Alves de Souza.

Ainda segundo o Sindipostos-ES, a chegada do novo produto aos postos capixabas dependerá mais dos estoques das distribuidoras e da sua logística. Em média, os postos do Espírito Santo renovam seus estoques a cada semana, sendo que na Grande Vitória os reabastecimentos acontecem até três vezes na mesma semana. Quanto à alteração do preço ao consumidor, dependerá de como ele se comportará a longo da cadeia: da produção para a distribuição e da distribuição para os postos.

Fraudes

Outro fator que identificado na nova gasolina, segundo o secretário do Sindipostos-ES, é a perspectiva de haver menos fraudes diante da qualidade melhor do produto. Por ser melhor, pode inibir fraudes. A redução de fraudes no mercado é uma aposta da ANP que investiu em estudos e pesquisas dos padrões de qualidade.

Confira a entrevista completa com o Sindipostos-ES