Fechamento total será adotado se ocupação de leitos de UTI chegar a 91% no ES

Casagrande autoriza reabertura do comércio em 72 municípios. Foto: Chico Guedes

O governador do estado, Renato Casagrande (PSB), apresentou, nesta quarta-feira, dia 20, a nova Matriz de Risco dos Municípios Capixabas.  A matriz classifica as cidades com base nas ameaças e vulnerabilidades frente à pandemia do novo coronavírus. Baseado na nova matriz, o governador estabeleceu um patamar para um eventual fechamanto total (também chamado de lockdown)  das atividades econômicas: ele ocorrerá se a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) superar o percentual de 91%. Se isso ocorrer, a classificação no mapa a a ser de “risco extremo”, e o fechamento deverá ser adotado. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos do estado é de 69,72%.  “Em caso de risco extremo, o município deve parar completamente as suas atividades econômicas e adotar um isolamento social mais radical. Ainda estamos definindo quais serão as outras medida”, explicou Casagrande.

A partir da taxa de ocupação dos leitos de UTI desta terça-feira, estariam em risco extremo na próxima matriz as cidades da Grande Vitória e ainda Santa Teresa, Afonso Cláudio, Marataízes e Presidente Kennedy. A nova metodologia entra em vigor a partir do próximo domingo (24). Mas a partir de segunda-feira, segundo o governador, o estado terá no total 1.040 leitos exclusivos para atender pacientes com covid-19. Nesta quarta-feira (20) Casagrande visitou o Hospital Vila Velha, onde o estado contratou 190 leitos, sendo 40 para UTI e 150 de enfermaria. “Também estamos ampliando os hospitais públicos para que a gente possa amparar o maior número de leitos”, disse. Ou seja, a situação de risco extremo existente hoje em algumas cidades será modificada a partir do momento em que o sistema de saúde ar a contar com esses novos leitos.

Hospital de Campanha

O governador disse que a construção de hospitais de campanha não está fora de cogitação para o governo. Em Colatina, por exemplo, está sendo avaliada a construção. “Mas enquanto pudermos ampliar nossos hospitais e comprar leitos na rede privada vamos continuar fazendo isso, porque os hospitais são estabelecidos e fica mais barato do que montar um hospital e contratar pessoas”, disse.

Shoppings

A liberação da abertura continua indefinida. Nesta semana, o governador acenou com a possibilidade de definir o assunto até o próximo domingo (24). Segundo ele, durante conversa com a associação dos shoppings, que entregou ao governo um plano para reabertura, foi proposto o funcionamento em dias alternados, como está sendo feito no comércio de rua, o que não teria sido aceito pela entidade. “Não podemos ter funcionamento dos shoppings diferente do comércio de rua porque podemos aumentar a interação e perder o controle”, avaliou Casagrande.

O governo já avaliou o documento enviado pela Associação dos Shoppings, mas Casagrande disse que nos municípios com risco alto, não pode dar um o mais importante do que foi dado até agora, com a reabertura do comércio de segunda a sexta em dias alternados.