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Dia a dia

Estado é celeiro na formação de atletas paralímpicos

Afirmação é da Vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Náise Pedrosa, que fala sobre as conquistas e desafios no esporte

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O governador Renato Casagrande assinou na última terça-feira o documento que autoriza a construção do Centro de Treinamento de Excelência para Pessoas com Deficiência, que ficará localizado na sede da Sesport (Secretaria de Esportes e Lazer), em Bento Ferreira, Vitória. O espaço contará com uma arena multiúso, que terá salas para fisioterapia, treinamento físico, vestiários, e um ginásio 100% ível que será utilizado pelos paratletas das modalidades de goalball, basquete, bocha, rugby, futsal e handebol para deficientes visuais. A previsão é que o centro comece a ser construído no primeiro semestre de 2020 e seja concluído até março de 2021.

A vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Naíse Pedrosa, esteve no estado para a do documento e falou sobre os desafios e conquistas do esporte. Pedrosa anunciou ainda que o Espírito Santo será palco para o Circuito Regional Rio-Sul, fase classificatória para o Circuito Loterias Caixa, o principal campeonato do Comitê Paralímpico Brasileiro, em fevereiro de 2020. O espaço atenderá, em média, 1.200 pessoas por mês e 300 pessoas por dia e custará cerca de R$ 6 milhões.

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Ter um Centro de Treinamento de Excelência para Pessoas com Deficiência eleva o Espírito Santo a outro patamar?

Com certeza. Hoje só temos o Centro de Treinamento que fica dentro do Comitê Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. O nosso centro é o maior da América Latina, está entre os quatro melhores do mundo e é o segundo melhor em tecnologia. A construção de um centro de treinamento no Espírito Santo vai sim colocar em outro patamar, até porque vamos conseguir descentralizar um pouco.

É importante que outros estados além de São Paulo recebam centros de treinamentos como esse? Isso ajuda na formação de novos atletas?

Sim, inclusive o Espírito Santo é um celeiro na formação de atletas paralímpicos. O estado já empresta vários atletas para as nossas seleções. Tivemos agora a paralimpíada escolar, considerada a maior competição do mundo para crianças e adolescentes com deficiência em idade escolar, realizada em São Paulo, e o Espírito Santo conquistou resultados excelentes com 68 medalhas conquistadas, ficando em 9º lugar entre os 25 estados concorrentes mais o Distrito Federal.

Hoje, quais são as maiores dificuldades para o esporte paralímpico?

Existem grandes dificuldades com patrocínio. Nós tínhamos apenas o recurso da Lei Agnelo/Piva que é um ree percentual do valor arrecadado pelas Loterias Caixa, mas, no momento, temos um patrocínio ampliado da Caixa até as paralimpíadas de Tóquio (2020). O que estamos fazendo é trabalhar para aumentar a visibilidade por meio de transmissões ao vivo das finais de jogos. Além disso, ainda existe uma dificuldade de público, mas isso, com exceção do futebol, até no esporte convencional existe.

Quais as perspectivas daqui para frente?

Temos notícias maravilhosas. Neste ano, tivemos um recorde de medalhas para o Brasil nos jogos Parapan-Americanos. O Brasil ficou em 1º lugar com 308 medalhas e, dessas, 124 foram de ouro. Isso é uma coisa nunca vista em uma edição dos jogos paralímpicos. Nós tivemos um mundial de Atletismo em Dubai, e o Brasil subiu da 4ª para a 2ª colocação. E inclusive ganhamos medalhas de ouro, prata e bronze em uma mesma prova, ocupamos os três degraus do pódio. O Centro de Treinamento em São Paulo favoreceu muito. Os atletas em potencial estão sendo levados e treinados lá, temos uma área residencial com capacidade para 300 pessoas. O centro de treinamento paralímpico brasileiro tem beneficiado muito o esporte.