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ES tem mais de 1,5 mil internados com covid; ocupação de UTI é de 94%

Mesmo com a ampliação de leitos, nas UTIs, a ocupação já atingiu 94,23%

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UTI no Hospital Estadual São José do Calçado. Foto: Hélio Filho/Secom

UTI no Hospital Estadual São José do Calçado. Foto: Hélio Filho/Secom

 

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Nesta segunda-feira (29), o Espírito Santo bateu um novo recorde negativo e atingiu a marca de 1.526 pacientes internados em leitos de UTIs e enfermaria exclusivos para covid-19. Mesmo com a ampliação de leitos nos últimos dias, nas UTIs, a ocupação já atingiu 94,23%. Dos 867 leitos existentes, 817 estão em uso. O Espírito Santo vive o estado mais crítico da terceira onda da doença e o sistema de saúde da rede pública, privada e filantrópica operam sob grande pressão.

O índice deixa claro o avanço da pandemia em território capixaba. Na primeira onda da doença, o estado chegou a registrar 86,58% de ocupação das UTIs, quando tinha 715 leitos. O nível de ocupação serve de gatilho para medidas do risco extremo, já adotadas desde o dia 18 deste mês em todo o Espírito Santo, no formato de uma quarentena, que vigora até o dia 4 de abril.

Durante coletiva de imprensa, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, detalhou que a taxa de ocupação de UTIs é extremamente crítica. “Entre 94 e 96% praticamente não tem diferença. É uma ocupação que já depende das altas e dos óbitos para poder internar a demanda de covid-19 no sistema de Saúde. Estamos avançando na abertura de leitos e nesta semana devemos alcançar 900 UTIs”, disse o secretário.

De acordo com o secretário, o estado mantém a curva de aceleração dos casos positivos para o novo coronavírus. O Espírito Santo deve atingir o pico de crescimento nesta e na próxima semana. A expectativa é que nas três semanas seguintes seja observada uma estabilização no número de casos. Na quarta e quinta semana consecutiva, deve-se alcançar a recuperação da curva de diagnósticos positivos.

“A carga da doença no estado é muito alta neste momento. Nós precisamos entender que as medidas de distanciamento social somadas aos protocolos já estabelecidos ainda não foram suficientes para interromper a curva de crescimento de casos. É necessário que a sociedade entenda e que as indisciplinas observadas no final de semana não podem se repetir. Foi insuficiente a fiscalização dos municípios e órgãos fiscalizadores, elas não correspondem às medidas capazes de interromper a interação das pessoas”, destacou o secretário.

Nésio frisou que, neste momento, o isolamento social não é só para as pessoas que estão doentes, mas sim para todos. “Todos devem estar reservados, sair de casa só para o que for essencial. A rede assistencial encontra-se extremamente pressionada. Estamos recebendo pedidos para que o SUS possa internar pacientes da rede privada mais do que nas semanas anteriores”, disse o secretário.