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Enfermeira assassinada pediu proteção e não foi atendida

Segundo a polícia na época que a enfermeira fez a denúncia, o sistema estava ando por mudanças o que pode ter levado a alguma falha

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Iris e o ex0-namorado suspeito do crime

Enfermeira assassinada pelo ex não tinha medida protetiva. Foto: Divulgação

A enfermeira Íris Rocha, 30 anos, já havia denunciado o ex-namorado da vítima Cleilton Santana, por agressão. No entanto ela não tinha medida protetiva. A informação foi divulgada pela Polícia Civil durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18).

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De acordo com o delegado-geral da PC, José Darcy Arruda, na época o sistema estava ando por mudanças e se tornando totalmente eletrônico, o que pode ter levado a alguma falha. “Ela não chegou a retornar na delegacia depois de ter feito o boletim, mas já mandei apurar com rigor o motivo de não ter dado andamento à medida protetiva”, explicou o chefe da corporação.

Irís estava grávida de 8 meses e foi assassinada. O principal suspeito do crime é o ex-namorado dela Cleilton Santana. Ele foi preso nesta quinta-feira (18) e negou envolvimento no crime. Segundo a polícia, Cleilton ava 24 horas monitorando a enfermeira. “Ele controlava toda a vida dela. O telefone dela ficava com ele, respondia as mensagens dela. Ela era completamente controlada por ele”. 

A a titular da DP de Alfredo Chaves, delegada Maria da Glória,  explicou que testemunhas contaram que ela já tinha sido agredida outras vezes. “Ela só andava com roupas de manga provavelmente para não mostrar as lesões. Às vezes aparecia com rosto lesionado e estava vivendo um relacionamento abusivo”. 

O secretário de Segurança, Alexandre Ramalho, informou também que o suspeito controlava as amizades e as roupas que tinha que usar. “Um fato terrível, um monstro. Uma bela moça, com um futuro brilhante pela frente. Estava grávida, a Rebeca nasceria no dia 20 de fevereiro. Uma perda tremenda para uma sociedade que ainda tem o resquício do machismo, onde o homem encara a mulher como sua propriedade”, lamentou Ramalho.

Motivação 

A polícia ainda não sabe a motivação do crime, já que o suspeito negou que tenha participação no assassinato. De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, a partir de agora será aberto um inquérito para concluir as investigações. 

“Vamos buscar agora a motivação, os meios pelos quais praticou o crime e quais foram seus fins. A nossa preocupação era prendê-lo o mais rápido possível. Ele não poderia ficar solto. Tem que pagar pelo que fez”. 

Arruda reforçou que, ao contrário do que dizia, Cleilton não era policial militar e nem da polícia civil. “A verdade é que ele tirou a vida de uma moça jovem, com uma vida pela frente e que ainda estava grávida”. 

Se condenado, o suspeito vai responder pelos crimes de feminicídio, aborto e ocultação de cadáver. 

Vídeo mostra prisão de suspeito de ass enfermeira

Um vídeo que circula em grupos de WhatsApp mostra o momento da prisão de Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos. A prisão aconteceu na tarde desta quinta-feira pela Polícia Civil com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O suspeito estava seguindo para a delegacia de Alfredo Chaves, local onde o corpo da enfermeira foi encontrado, junto com um advogado quando o carro em que estava foi interceptado no Posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Pelas imagens é possível ver Cleilton algemado e conduzido por um policial civil.