Dia a dia
Em 14 anos, Espírito Santo registra 802 casos de trabalho escravo
Conceição da Barra, Brejetuba, Pedro Canário, Linhares e Castelo lideram o ranking
Cerca de 54 mil pessoas foram encontradas em situações de trabalho análogo à escravidão no país, tanto sob condições degradantes quanto irregulares de trabalho forçado, entre 2004 e 2018. Destes casos, 802 aconteceram apenas no Espírito Santo, principalmente nas cidades que lideram o ranking: Conceição da Barra, Brejetuba, Pedro Canário, Linhares e Castelo. As informações foram divulgadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Portal da Inspeção do Trabalho, do Ministério da Economia, nesta terça-feira (28), quando é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho.
No ano ado, foram 28 denúncias em todo o estado, 1 ação civil pública em São Mateus e 5 termos de ajuste de conduta (TAC) – um em São Mateus e 4 em Colatina. Já em 2018, foram 37 denúncias, 1 ação pública e 1 TAC; em 2017, 35 denúncias e, em 2016, 22 denúncias.
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Ao todo, os municípios com maiores índices de infração foram São Félix do Xingu (PA), São Paulo (SP), Açailândia (MA), Conceição do Mato Dentro (MG) e Marabá (PA).
Para configurar trabalho análogo ao de escravo, basta ser classificado como “trabalho forçado; jornada exaustiva; condição degradante de trabalho; restrição, por qualquer meio, de locomoção em razão de dívida contraída com empregador ou preposto, no momento da contratação ou no curso do contrato de trabalho; ou retenção no local de trabalho”, segundo definiu o MPT.
Ao presenciar ou suspeitar de alguma situação de trabalho escravo, qualquer pessoa pode acionar os órgãos de proteção ou por intermédio do Disque 100. Além do canal, o cidadão ainda pode ar o site do Ministério Público do Trabalho e realizar sua denúncia formalmente. Há ainda o MPT Pardal, um aplicativo de denúncias do MPT disponível gratuitamente para dispositivos Android ou iOS.
