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Depois de vencer a covid, paciente volta a hospital para ver o nascimento do filho

Guilherme enfrentou o novo coronavírus e foi internado duas vezes. Ele foi o primeiro paciente crítico do hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra

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Em menos de quatro meses, o técnico de enfermagem Guilherme Natanael Sobrinho, 36, pontos extremos da vida. Ele foi o primeiro paciente crítico do hospital Jayme dos Santos Neves a enfrentar o novo coronavírus, em março deste ano. Na sexta-feira, dia 24, ele retornou a um ambiente hospitalar com as emoções à flor da pele. Mas, dessa vez, para ver o nascimento do seu filho Téo.

Guilherme e a família. Foto: Reprodução

Guilherme e a família. Foto: Reprodução

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Guilherme trabalha no Hucam (Hospital Universitário), em Vitória. Foi lá, no dia 22 de março, que ele sentiu os primeiros sintomas da covid-19. Dois dias depois, com febre, falta de ar e sangue na tosse ele deu entrada no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, onde permaneceu internado até o dia 27.

“Foi muito rápido, entre 24 e 48 horas eu já estava em estado crítico. Tomei antibióticos, medicações de e e em quatro dias já estava melhor. Voltei para casa, mas a febre não cessou. Dois dias depois tive que retornar para o hospital”, conta o técnico em enfermagem.

Somente após plena recuperação Guilherme recebeu alta. Em casa, no entanto, teve que mudar sua rotina para conviver com a filha Alice Margon Sobrinho, de cinco anos, e a esposa Bianca Margon Surlo Sobrinho, que vivia os últimos meses de gestação. “Foram 20 dias de isolamento. Só quarto e banheiro. Recebia tudo, rigorosamente, pela porta”.

Os cuidados foram de extrema importância para evitar a contaminação da família. Principalmente pelo fato de que o parto de Bianca foi marcado para a última sexta-feira (24).

“Foi um momento bem complicado. Na hora, ainda havia preocupação. Afinal, estávamos em um ambiente hospitalar onde existe a circulação do vírus. No fim, correu tudo bem. Téo nasceu com 3,2 kg. Voltamos todos para casa no máximo até segunda-feira (27)”, contou o técnico em enfermagem.

Recuperado da covid-19 e com o filho recém-nascido nos braços, Guilherme reflete sobre os limites e as surpresas da vida. “No futuro, vamos dizer que sobrevivemos a uma doença que marcou a sociedade. E que Téo nasceu durante esse período. Sua chegada marca um momento triste, mas ele vem trazendo um novo fôlego de vida para todos nós”.