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Dia a dia

Covid-19: variante britânica já circula no Espírito Santo

O resultado da investigação do Lacen-ES apontou que dos 19.944 testes positivos entre dezembro e março, 6,7% dos casos (1.345) se tratavam da variante britânica

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Secretário da Saúde, Nésio Fernandes, e o diretor do Lacen, Rodrigo Rodrigres. Foto: Divulgação/Secom

 

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Uma investigação realizada no Espírito Santo pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) revelou a presença da mutação do coronavírus B.1.1.7 que pertence à variante do Reino Unido. A primeira amostra da variante mais agressiva e contaminante do novo coronavírus foi encontrada em dezembro em Vitória.

O resultado da investigação do Lacen-ES apontou que, dos 19.944 testes positivos entre dezembro e março, 6,7% dos casos (1.345) se tratavam da variante britânica. Em dezembro, foram identificados 16 pacientes com a variante, já em março, até o dia 18, foram detectados 943 casos.

O diretor do Lacen-ES, Rodrigo Rodrigues, destacou que as amostras positivas para a variante britânica associadas a sazonalidade das doenças respiratórias, a relativização do distanciamento social e o uso inadequado das máscaras podem explicar o crescimento acentuado no número da covid-19 nos meses de fevereiro e março no Espírito Santo.

Aliada à alta carga viral, o resultado da investigação mostra que a variante acomete mais jovens, se comparado com as demais. Ela concentrou maior positividade em pacientes entre 0 a 30 anos. Porém, idosos com mais de 90 anos também tiveram amostras positivas para a mutação britânica.

O diretor do Lacen-ES aponta que no início de fevereiro o estado registrou a formação de dois epicentros da mutação do novo coronavírus em Barra de São Francisco, no Norte do Espírito Santo, e Piúma, no Litoral Sul do estado. No entanto, dos 78 municípios, 65 já tem o vírus circulando.

“A Grande Vitória não aparece como epicentro porque essas amostras nós testamos no Lacen-ES. A partir do final de dezembro, as amostras oriundas de Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica não são direcionadas para o Lacen-ES, mas sim para laboratórios particulares, aonde elas são testadas, porém, isso não impede que a gente solicite essas amostras”, explicou Rodrigues.

Dentre as 1.345 amostras já identificadas como a variante britânica, apenas 4% são de pacientes oriundos de outros estados. Os 96% dos casos positivos são de capixabas.

Sobre a SGTF

A variante surgiu na Grã Bretanha em setembro de 2020. Estudos apontam que ela é cerca de 43 a 90% mais infecciosa do que as outras variantes que existem atualmente.

Nos Estados Unidos ela já ocupa uma posição de destaque. Em meados de abril, ela deve ser a variante predominante no país. Nos Estados Unidos, o número de infectados por ela dobra a cada 10 dias

É uma variante altamente transmissível e com poder de letalidade mais elevado que as demais encontradas.