Dia a dia
Como era o esquema que causou a condenação de sócio do Perim
Juiz da 10ª Vara Criminal de Vitória, Gustavo Grillo Ferreira, decidiu sentenciar Dailton Perim a cinco anos de prisão em regime semi-aberto, além de pagamento de multa

Dono da rede Perim supermercados é condenado a prisão. Foto: divulgação.
Um elaborado esquema de sonegação de impostos provocou a condenação de um dos sócios da rede de supermercados Perim. Alvo de uma operação em 2009, o esquema foi detalhado na sentença proferida na sexta-feira, dia 18, pelo juiz Gustavo Grillo Ferreira, da 10ª Vara Criminal de Vitória. Dailton Perim foi condenado a cinco anos de prisão em regime semi-aberto por sonegação fiscal. Ele poderá recorrer em liberdade. À mesma pena foi condenado Renato Vidigal, apontado como peça fundamental no esquema de sonegação.
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Além de Dailton Perim e Renato Vidigal, outras duas pessoas foram citadas no processo. Mas uma delas pagou o devido ao Fisco e contra a outra o juiz entendeu não haver provas suficientes para condenação.
Segundo a sentença, Renato Vidigal era o responsável por agilizar os processos de sonegação, já que era sócio da empresa Terca Comercio e Serviços, ligada à Secretaria Estadual da Fazenda. A empresa tinha como tarefa lacrar os equipamentos de emissão. Para viabilizar a sonegação, foram contratados técnicos de informática para burlar o programa de emissão de notas fiscais. Dailton Perim aparece no processo como beneficiado por ter os equipamentos forjados para entregar menos impostos ao fisco.
Ao todo, o prejuízo ao estado foi de R$ 150 milhões, segundo cálculos citados na ação. O processo de apuração do caso começou em 2009, quando o Ministério Público do estado recebeu uma denúncia e resolveu realizar uma fiscalização nos estabelecimentos do Perim em Vitória, Vila Velha e Cariacica. Ao todo, 88 equipamentos foram apreendidos, sendo que 69 deles estavam fraudados.
Após a descoberta da fraude, o registro oficial do faturamento do Perim “saltou de R$ 12.450.000,00 (doze milhões, quatrocentos e cinquenta mil reais), para R$ 25.790.000,00 (vinte e cinco milhões, setecentos e noventa mil reais), um aumento de 107,14%, que foi mantido de novembro de 2009 até os dias de hoje, de acordo com a Sefaz”, diz o texto do processo.
A reportagem do Es360 tentou entrar em contato com os dois sentenciados pelo juiz Gustavo Grillo Ferreira, mas não conseguiu localizá-los.
Matéria em atualização
