Cinco boas notícias ligadas à pandemia da covid-19

Relatos de solidariedade, avanço científico e de superação marcam a agem do novo coronavírus por todo o mundo. Mesmo com as inúmeras incertezas, vale lembrar que também há muita coisa boa acontecendo: diferentes grupos de pessoas uniram forças para confortar os infectados, mobilizaram-se ao redor de quem mais precisa (como as pessoas em situação de rua, por exemplo) e provam que é possível, sim, acreditar na humanidade.

> Homenagem a profissionais da saúde em avião viraliza nas redes sociais

E para fazer com que os impactos negativos sejam ainda menores, selecionamos as últimas cinco melhores notícias sobre a doença, apenas com informações que trazem a esperança de um futuro melhor e mostram atos de superação para nos inspirar no dia a dia.

1. Recuperados que testaram positivo para coronavírus não se reinfectaram, diz OMS

Recuperados da covid-19 se aproximam de 23 mil no Brasil. Foto: Pixabay

Pessoas recuperadas do novo coronavírus e que, semanas depois, testaram positivo para a doença não foram reinfectados, afirmou a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, para a TV britânica BBC.

O resultado positivo acontece porque o teste clínico reage com células mortas no pulmão, ainda em processo de cicatrização após o primeiro contágio. Essas células possuem fragmentos do material genético do vírus, que, embora não estejam ativos, são lidos pelos exames do tipo PCR.

Maria afirmou, no entanto, que os cientistas ainda não sabem com certeza se doentes que se curaram e desenvolveram anticorpos estão imunizados, qual a potência da imunidade e por quanto tempo ela dura.

2. Nova Zelândia registra o primeiro dia sem novos casos da covid-19

Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern. Foto: Reprodução

Na contramão de países que vivem o aumento das estatísticas, a Nova Zelândia não registrou novos casos de coronavírus nas últimas 24h, confirmando as boas práticas adotadas pelas autoridades locais. A última vez que isso aconteceu foi no dia 16 de março, 9 dias antes do lockdown.

A primeira-ministra Jacinda Ardern anunciou que o país tinha zerado a transmissão local desde a última semana. Por isso, o nível de alerta caiu do nível quatro para o três, permitindo o funcionamento de alguns estabelecimentos, como lojas, escolas e empresas de delivery, por exemplo.

“Vamos continuar o trabalho, não podemos desperdiçar o que foi feito até agora quando nosso objetivo está tão próximo e ao nosso alcance”, disse Ardern, nesta segunda-feira (04), durante entrevista coletiva.

3. Vacina italiana inibe novo coronavírus em ratos, e estudos com plasma avançam

Vacina contra a covid-19 está sendo testada no mundo inteiro. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

A corrida em busca da imunização contra o novo coronavírus fez surgir uma vacina que já produz anticorpos capazes de neutralizar o Sars-CoV-2 em ratos. A expectativa é que os testes em humanos comecem no segundo semestre de 2020.

Os testes foram feitos pela empresa romana de biotecnologia Takis e acontecem nos laboratórios de virologia do Instituto Lazzaro Spallanzani, referência em doenças infecciosas na Itália.

O estudo começou com cinco candidatas a vacina, das quais duas obtiveram resultados melhores. “Já havíamos constatado a quantidade de anticorpos induzida, agora vimos que os anticorpos conseguem bloquear o vírus. O próximo o é entender quanto tempo dura a resposta imunológica”, declarou Luigi Aurisicchio, CEO da Takis.

> Estudos sobre vacinas contra a covid-19 avançam

Outros estudos que utilizam anticorpos presentes no plasma de curados do novo coronavírus também estão apresentando resultados “promissores” no país. Diversos hospitais italianos, como os de Pavia e Mântua, estão usando plasma de curados para tratar pacientes infectados.

O plasma é a parte líquida do sangue e transporta substâncias, como proteínas e anticorpos.

4. Hospitais do Espírito Santo promovem visitas virtuais para pacientes

Profissionais da saúde promovem visitas virtuais para pacientes. Foto: Divulgação/Sesa

Para evitar que a distância de familiares e amigos possa impactar a saúde mental dos pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), cujas visitas estão suspensas, os Hospitais Estaduais Dr. Dório Silva e Jayme Santos Neves, ambos na Serra, recorreram ao uso da tecnologia para amenizar o sofrimento dos infectados pelo vírus.

No Hospital Dr. Dório Silva, o projeto “Visita Virtual HDS” foi desenvolvido em parceria com o campus Vitória do Ifes (Instituto Federal do Espírito Santo). Foram entregues à unidade hospitalar dois tablets e equipamentos para melhorar o o à internet dentro da UTI. As visitas acontecem por meio de webconferências com a utilização de tablets, que são monitorados pela equipe de atenção psicológica do hospital.

5. Casos na Europa já estão diminuindo

Itália é o país da Europa com mais casos registrados de coronavírus. Foto: EVG photos/Pexels

Países europeus como Espanha, França, Alemanha e Itália registraram, nos últimos dias, uma queda do número de casos da covid-19. A tendência também pode ser vista nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Na França, o número de mortes atingiu a menor elevação em um dia de semana desde o fim de março, de acordo com dados do governo. O ministério de Saúde do país afirmou que o número de pessoas internadas caiu nesta segunda-feira (04) para 3.696, queda pelo 27º dia consecutivo. Em 24h, outros 123 pacientes também saíram das unidades de terapia intensiva (UTI), um recuo ininterrupto há mais de duas semanas.

Já a Espanha registrou apenas 164 mortes neste domingo (03), o que representa o menor número desde 18 de março, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde do país. Os curados já am a marca diária de novos infectados, com 1.654 e 838 casos no mesmo dia, respectivamente.

> Espírito Santo recebe mais de 50 mil testes para covid-19

O número de novos casos de coronavírus na Alemanha aumentou no ritmo mais lento em quatro dias e o país registrou o menor número de mortes em cinco dias. Houve 1.068 infecções adicionais, totalizando 164.077, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. As fatalidades aumentaram de 113 para 6.736 e a taxa de mortalidade permaneceu em 4,1% dos infectados.

Um dos principais epicentros da doença no mundo, a Itália registrou também neste domingo 174 mortes, o menor número de óbitos confirmados desde o dia 14 de março.

Segundo o novo balanço da Defesa Civil do país, o ritmo do surgimento de novos casos também está diminuindo. Ao todo, são 100.179 casos ativos – que não consideram os curados e as mortes -, uma redução de 525 pessoas em um dia.