Dia a dia
Casagrande quer discutir com governo federal redução de preço de combustível
Governador do Espírito Santo defende protagonismo do governo federal para propor medidas que possam ter efeito no valor final da gasolina
Depois do presidente Jair Bolsonaro afirmar que zeraria os impostos federais sobre os combustíveis se os governadores tomassem a mesma atitude, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) disse estar à disposição para discutir medidas que possam provocar a redução do valor da gasolina, do diesel e do etanol.
“Tenho total interesse na redução do combustível para o consumidor e me coloco inteiramente à disposição para que de forma equilibrada e com base técnica a gente possa discutir medidas que possam fazer efeito no valor final do combustível”, disse Casagrande em comunicado em vídeo divulgado na tarde desta quarta-feira (05). O governador está em Brasília para participar de uma reunião com o ministro Paulo Guedes sobre os municípios impactados pelas chuvas de janeiro.
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Casagrande destacou ainda que quem define a política de preços dos combustíveis é o governo federal, visto que a Petrobras é uma empresa pública. “O governo federal detém 65% de todos os impostos do país, os estados 25% e os municípios pouco mais de 10%. A maior parte dos impostos vai para o governo federal”, esclareceu.
O governador diz que agora vai esperar o governo federal dar o primeiro o para discussão de medidas para reduzir o valor nas bombas.
Segundo a Sefaz (Secretaria de estado da Fazenda), impostos sobre combustíveis correspondem a 16% de todo o ICMS arrecadado pelo Espírito Santo, o que equivale a R$ 1 bilhão.
A discussão sobre a redução dos impostos sobre o valor dos combustíveis começou na noite do último domingo (2), quando o presidente Bolsonaro responsabilizou os governadores pelas reduções dos valores do combustíveis nas refinarias não estarem chegando aos consumidores, visto que os estados “cobram, em média 30% de ICMS, sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor”, segundo escreveu o presidente.
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Na segunda-feira (03), governadores e secretários da fazenda reagiram à proposta e am uma carta conjunta dizendo ter interesse em discutir o tema, mas que para isso deveriam ser feitos estudos adequados.
