Dia a dia
Capitão Assumção é condenado por liderar greve da PM no ES
O deputado foi considerado pela Justiça como o principal líder da paralisação que aconteceu em 2017

Capitão Assumção – Foto: Ales/Tati Beling
A Justiça condenou o deputado estadual Capitão Assumção (PSL) a cinco anos e seis meses de reclusão por ter sido um dos líderes da greve da Polícia Militar do Espírito Santo, em fevereiro de 2017. A paralisação resultou em uma onda de violência, com 219 homicídios durante os 21 dias do motim.
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Capitão Assumção foi condenado pelos crimes de associação criminosa, incitar publicamente a prática de crimes e atentar contra a segurança e o funcionamento de serviços públicos. Na sentença, a juíza Gisele Souza de Oliveira determina que a pena seja cumprida em regime semiaberto.
Em parte da decisão, a magistrada afirma que Capitão Assumção “assumiu o papel de liderança na associação criminosa, sendo o responsável não só pela articulação do movimento, como também por sua disseminação para todo o Estado”.
A juíza também registra na sentença que as consequências do crime foram extremamente graves, visto que a paralisação das atividades de policiamento ostensivo no mês de fevereiro de 2017 resultou em mais de 200 homicídios, destruição de coletivos, incontáveis delitos patrimoniais, em especial saques a estabelecimentos comerciais.
Por telefone, a assessoria do deputado informou que ele só irá se pronunciar na próxima segunda-feira, na tribuna da Assembleia Legislativa, quando fará o que chamou de desmascarar a juíza que proferiu a sentença.
Além de Capitão Assumção, outros cinco réus no mesmo processo foram condenados por participarem da greve da Polícia Militar, em 2017. Outros quatro réus foram absolvidos. Entre eles, o coronel Carlos Alberto Foresti, que foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018.
