Dia a dia
Bolsonaro “talvez tenha sido infectado” por coronavírus e pode fazer novo exame
O presidente já divulgou resultado negativo de dois exames e pode ser testado novamente por ter tido contato com muitas pessoas

Coletiva à Imprensa do Presidente da República, Jair Bolsonaro e Ministros de Estado. Foto: Carolina Antunes/PR
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Após divulgar o resultado negativo de dois exames para saber se está com coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (20), que poderá realizar um terceiro teste. Isso porque, segundo ele, como tem contato com muitas pessoas, pode já ter sido infectado. A previsão é que o teste seja feito na próxima semana, após recomendação do Ministério da Saúde.
“Estou bem. Fiz dois testes, talvez faça mais um até, talvez, porque sou uma pessoa que tem contato com muita gente. Recebo orientação médica”, disse ele ao deixar o Palácio da Alvorada.
O número de pessoas que participaram da viagem do presidente Bolsonaro aos Estados Unidos e estão com coronavírus chegou a 22. Foram confirmados na quinta-feira (19), os resultados positivos do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins; do chefe da ajudância de ordens, Major Cid; do diretor do Departamento de Segurança Presidencial, Coronel Suarez; e do chefe do Cerimonial, Carlos França.
Cid, Suarez e França am o tempo todo muito próximos do presidente. Martins, por sua vez, viajou ao lado do secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que foi o primeiro membro da comitiva a ter a confirmação da infecção pelo novo coronavírus. Ambos voltaram ao Brasil na madrugada da quarta-feira, 11, no mesmo avião do presidente.
Os quatro estavam em isolamento por terem tido contato com Wajngarten. O primeiro exame de todos deu negativo. A confirmação veio no segundo teste.
Também na quinta foi confirmado que o presidente da Agência Brasileira de Promoção à Exportação (Apex), Almirante Sérgio Segovia, teve teste positivo para a covid-19. Ele também esteve nos EUA com o presidente, não apresenta sintomas e está em isolamento domiciliar.
Os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também tiveram resultado positivo após a viagem.
No domingo (15), Bolsonaro quebrou a recomendação de cautela e participou de um ato a favor do governo e com críticas ao Judiciário e ao Legislativo. Ele chegou a apertar a mão de apoiadores em frente ao Palácio do Planalto.
Os 22 contaminados que integraram ou tiveram contato com a comitiva de Bolsonaro nos EUA são os seguintes:
Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência da República
Nelsinho Trad, senador pelo PTB-MS
Nestor Forster, embaixador e encarregado de negócios do Brasil nos EUA
Karina Kufa, advogada e tesoureira do Aliança pelo Brasil
Sérgio Lima, publicitário e marqueteiro do Aliança pelo Brasil
Samy Liberman, secretário-adjunto de comunicação da Presidência
Alan Coelho de Séllos, chefe do cerimonial do Itamaraty
Quatro integrantes não-identificados da equipe de apoio do voo presidencial aos EUA
Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia
Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústria do Estado de Minas Gerais
Daniel Freitas, deputado federal (PSL-SC)
Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI
Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia
Sérgio Segovia, presidente da Apex
Filipe Martins, assessor internacional da Presidência
Major Cid, chefe da ajudância de ordens
Coronel Suarez, diretor do Departamento de Segurança Presidencial
Carlos França, chefe do Cerimonial
Estadão Conteúdo
