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Ano letivo poderá ter menos de 200 dias, decide MEC

Carga horária poderá ser divida em período diferente do previsto em lei. Medida tem caráter excepcional e vale tanto para as educações básica e superior

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Sala de aula vazia: ocupação em 28 escolas estaduais é menor que 10%. Foto: Pixabay

Sala de aula vazia: escolas estão sem aula desde o fim do mês de março. Foto: Pixabay

As escolas da educação básica e as faculdades e universidades poderão ter menos de 200 dias letivos previstos em lei. Nesse caso, a carga horária poderá ser distribuída em um período diferente do previsto inicialmente para o ano de 2020. A decisão foi em virtude da  pandemia do coronavírus, visto que muitas escolas estão sem aula desde o fim do mês de março. A situação definida pelo MEC (Ministério da Educação) é excepcional e valerá enquanto durar a situação de emergência da saúde pública.

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A autorização consta na Medida Provisória 934, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e publicada em edição extra desta quarta-feira, 1º de abril, do Diário Oficial da União.

Para a educação básica, isso significa que as 800 horas da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio poderão ser distribuídas em um período diferente aos 200 dias letivos. A carga horária é definida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

“Essa flexibilização é autorizativa em caráter excepcional e vale tão e somente em função das medidas para enfrentamento da emergência na saúde pública decretadas pelo Congresso Nacional”, observou o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Janio Macedo. “A flexibilização deverá observar as normas dos respectivos sistemas de ensino”, explicou.

A educação superior também conta com 200 dias letivos obrigatórios previstos na lei. A carga horária se aplica de acordo com as diretrizes curriculares dos cursos. A flexibilização deverá seguir as normas dos respectivos sistemas de ensino.

“A principal mudança é para alguns cursos da área de Saúde, que poderão ter a conclusão antecipada. No caso de Medicina, pode haver abreviação do internato. Para Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, do estágio curricular obrigatório”, disse o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza.

As instituições de educação superior poderão antecipar a conclusão do curso dos estudantes que tiverem cumprido 75% do internato em Medicina. Para Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, no caso dos alunos que já aram por 75% do estágio curricular obrigatório.

O internato é praticado nos últimos dois anos de curso; o estágio curricular obrigatório, no último.