fbpx

Cult

Filme capixaba é selecionado para Festival de Roterdã

“Inabitáveis” mescla documentário e ficção, contando a história de três bailarinos que percorrem a Grande Vitória e celebram a vida

Publicado

em

Estreia de “Inabitáveis” está marcada para 25 de janeiro. Foto: Divulgação

Estreia de “Inabitáveis” está marcada para 25 de janeiro. Foto: Divulgação

Com 31 anos e apenas um filme profissional na bagagem, Anderson Bardot é o primeiro cineasta capixaba a representar o estado no Festival Internacional de Roterdã, que realiza a 49° edição no mês que vem, na Holanda, com o filme “Inabitáveis”, na sessão “Voices”. Ao lado dos festivais de Cannes, Veneza e Berlim, essa é considerada uma das maiores premiações do ramo.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Mesclando documentário e ficção, a trama fala sobre Mauro, Lucciano e Coreógrafo, três bailarinos que ensaiam para uma peça que leva o nome do filme. Já fora dos palcos, Coreógrafo se divide em uma amizade com Pedro, um jovem de 16 anos angustiado quanto à própria sexualidade. Ele se junta aos bailarinos e, nesse processo, vai descobrindo o próprio corpo a partir da dança.

Antes de integrar a companhia de dança, porém, Coreógrafo leva Pedro para conhecer as histórias de homofobia, racismo e transfobia da Grande Vitória. Diante disso, percorrem o Centro Histórico e o Morro de São Benedito, em Vitória; além da Reserva de Jacarema e o Jockey Clube de Itaparica, em Vila Velha. “Alguns desses lugares são conhecidos historicamente pela violência com negros e a comunidade LGBT. Mas, usando a dança, esses personagens celebram quem são e expressam suas identidades. Então saem dançando pela cidade, tentando viver em liberdade”, explica Anderson.

A exibição de “Inabitáveis” acontece no dia 25 de janeiro, marcando também a estreia mundial do filme. Em terras capixabas, o diretor não confirmou nenhuma data, mas confessa que há planos de criar um circuito por todo o estado.

“Tenho muito orgulho de sair da periferia do Vale Encantado, em Vila Velha, para conquistar a Holanda. Nunca tinha saído do país, e agora vou poder levar um pouco da nossa cultura para a Europa”, pontua.