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Arte com vida virtual pelas ruas de Vitória

Grafites trazem um diferencial: o uso de um QR Code possibilita a animação das imagens e leva a uma plataforma com trabalhos do grupo Made in China

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Arte pintada em muro na avenida Maruípe. Foto: Chico Guedes

Arte pintada em muro na avenida Maruípe. Foto: Chico Guedes

Os grafites aram, há bom tempo, a fazer parte do cenário das nossas ruas. Alguns deles, no entanto, começam a trazer um diferencial: o uso da tecnologia. Um QR Code gravado junto a desenhos da crew (“grupo”, em inglês) Made in China estampados em muros de Vitória faz os grafites ganharem vida. Isso ocorre por meio do aplicativo “Made In China 91”, já disponível em celulares com sistemas IOS e Android.

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Aplicativo permite que adesivo ganhe vida no celular. Foto: Divulgação

Aplicativo permite que adesivo ganhe vida no celular. Foto: Divulgação

Dentro da plataforma, dá para ver e localizar cinco grafites espalhados pela capital, sendo três no Centro, um em Maruípe e o último em Mário Cypreste. Junto deles, há um QR Code que, scanneado, cria imagens em movimento no celular, tudo por meio da realidade aumentada – como o do app Pokemón Go, febre em 2016. É possível, ainda, dar vida aos stickers do grupo, normalmente colados em postes e caixas de energias.

Foi há pouco mais de um ano que os integrantes Elvys, Carlos, Nove e Trama usaram seus conhecimentos em design, artes visuais e ciência da computação para a criação do “acervo virtual”. Antes de se aventurarem na tecnologia, eles apenas grafitavam o personagem que virou o símbolo do grupo – e que, até hoje, ninguém quis definir se é homem ou mulher.

“Pintamos e levamos arte para lugares que não são tratados com importância, muitas vezes estão até abandonados”, diz Nove, principal programador do Made in China. “Nossa intenção é artística, unindo arte digital e urbana”, completa.

A maior inspiração dos desenhos vem dos anos 1990, sobretudo com referências aos movimentos vaporwave e old school – próximos da música eletrônica e do skate, respectivamente. Aliás, não é à toa que a interface do programa é baseada no Windows 95, plataforma de computador que marcou gerações.

Agora, o objetivo é continuar produzindo desenhos interativos e, quem sabe, um jogo. Esse e outros planos do grupo serão apresentados neste sábado, a partir das 18h, na Sala Pós-Cirúrgica, também na capital, onde pretendem fazer uma intervenção e vender stickers para arrecadar fundos.